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Fabiane Pereira

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Marisa Monte encerra temporada do Papo de Música

Canal de entrevistas com personalidades da música conversou com a cantora sobre música, política, sonhos, consciência racial e popularidade

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 nov 2021, 11h55 - Publicado em 3 nov 2021, 09h43
Marisa Monte, no Papo de Música, no Youtube
Marisa Monte no Papo de Música, no Youtube (Léo Aversa/Internet)
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Tendo a música como protagonista, o canal Papo de Música atravessa gerações da produção cultural brasileira e faz uma espécie de mapeamento artístico da cena atual. Em novembro, o canal completa três anos, somando quase três milhões de plays. Sim, eu morro de orgulho dessa empreitada! Totalmente independente, o canal desde o início leva pro Youtube entrevistas descontraídas e em tom intimista com artistas dos mais variados gêneros musicais.

Este ano, o canal produziu duas webséries temáticas (Pelas Quadras do Samba – com artistas do universo das escolas de samba do Rio de Janeiro -, e Ponte Aérea – com artistas de países lusófonos) e catorze entrevistas. Isso só foi possível porque contei com a Lei Aldir Blanc e o patrocínio da União Brasileira dos Compositores. Nomes como Marcelo D2, Paula Fernandes, Joelma, Samuel Rosa, Joyce, Guinga, Péricles, B.Negão, Vanessa da Mata, Mariene de Castro, Márcio Victor, Ivan Lins e Mônica Salmaso foram entrevistados por mim nos últimos meses.

Encerrando a temporada 2021 e celebrando os três anos do canal, convidei a cantora e compositora Marisa Monte que acaba de lançar o álbum ‘Portas’. A artista cuja voz é trilha sonora de toda uma geração falou sobre popularidade, “me dei conta de que eu era uma cantora popular desde antes de lançar meu primeiro disco, uma coisa um pouco atípica” e produção artística, “eu sempre fui muito interessada nos aspectos executivos da música”. Marisa relembrou o início da sua carreira, “quando eu vim cantando rock e a chamada “MPB” ao mesmo tempo, as pessoas perceberam que aquilo não eram coisas indissociáveis, mas parte de um processo histórico” e reclamou do desserviço que a internet presta em relação a autoria das canções, “a maioria dos sites não dá crédito de autor, apenas aponta o intérprete”.

 

Desde o primeiro minuto da entrevista, admiti que sou uma grande fã da cantora (aliás, se vocês acham Marcos Mion emocionado, vocês precisam ver essa entrevista) e um de meus grandes sonhos profissionais era entrevistá-la. Por isso, pedi pra artista falar sobre a relação entre o lúdico e a materialização dos sonhos e Marisa deu uma resposta certeira, “se a gente pode pensar, a gente pode fazer o trânsito entre o ideal e o real”.

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A conversa também aborda questões políticas, consciência racial, a imensa obra da artista e termina com Marisa dando uma “palinha” de Blanco, poema de Octávio Paz. A entrevista vai ao ar no Papo de Música, na próxima terça, dia 9 de novembro, ao meio dia.

 

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