Joelma: Calypso, carreira solo, superação e feminismo
Cantora paraense abre o coração e inspira milhares de mulheres
A dança e a música foram os caminhos encontrados pela cantora, compositora e dançarina Joelma para marcar o seu nome – e o do gênero calipso – na cultura popular brasileira. Com 26 anos de carreira, a artista paraense é dada a reinvenções e, numa entrevista “sincerona” ao meu canal, o Papo de Música, me falou sobre sua busca diária por inovação musical, refletiu sobre os auges da sua trajetória e também abordou o momento de esforço que lhe custou a própria saúde.
“Eu perdi a minha saúde, só conseguia fazer uma refeição por dia e dormia o dia inteiro. Só acordava à noite pra comer, me arrumar e sair”, lembrou Joelma ao falar da época que fazia onze shows por semana à frente da Calypso. A artista tem na conexão com Deus sua mola propulsora. “Desde o início da banda, eu senti muito essa necessidade. Chegou um momento em que eu não sorria, a vida não tinha mais graça. Mas eu sabia onde buscar [força]. É como na música ‘Coração Vencedor’ que acabei de lançar, ‘tem que lutar’”, me disse emocionada.
A luta das mulheres por respeito na sociedade também foi tema da entrevista. “Tem que lutar mesmo, falar, expor. Não tem saída. Foi assim, no decorrer de muitos anos e muitas décadas que a gente conquistou o que vive hoje”, declara. Exemplo de superação por suas letras e trajetória pessoal, ela destaca também a importância de persistir mesmo frente a retrocessos. “Às vezes, a gente sobe um degrau, sobe dois e desce um, sobe três e desce dois. Mas tem que continuar subindo”, pontua.