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Fabiane Pereira

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Altafonte, uma verdadeira parceira da música independente

Valorização curatorial e parceria personalizada fazem da empresa uma das mais importantes do mercado

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 jun 2021, 11h33 - Publicado em 14 jun 2021, 20h52
Heloisa Aidar e Renata Mader, executivas Altafonte
Heloisa Aidar e Renata Mader, executivas Altafonte (divulgação/Internet)
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O mercado da música mudou muito nas últimas décadas. O consumo de música também. Por conta da diversificação do mercado, os distribuidores (ou agregadores) digitais passaram a oferecem serviços que vão além de colocar as faixas dos artistas nas plataformas digitais. Hoje, há empresas que atuam como selos, agências de marketing, comunicação e editoras, disponibilizando pacotes de ações que podem incluir diversos serviços para o artista.

É o caso da Altafonte Brasil, uma empresa voltada para promover o trabalho de artistas independentes em variados segmentos. Fundada em 2006 por Nando Luaces e Inma Grass, a Altafonte tem matriz em Madri e escritórios em Lisboa, Miami, Cidade do México, Bogotá, Lima, Santiago, Buenos Aires e Rio de Janeiro, onde desembarcou em 2017. À frente da empresa na América Latina (incluindo os Estados Unidos), Espanha e Portugal, Alexandre Schiavo (Chief Artistic Officer) e no Brasil, duas mulheres com experiências distintas no mercado, assumem os cargos de chefia: Renata Mader¸ Country Manager, e Heloisa Aidar, diretora da editora Altafonte Publishing.

A Altafonte é a distribuidora digital independente que mais cresce no mundo e um dos motivos que explica esse crescimento é a valorização curatorial de seu casting. “Nossa curadoria sempre aconteceu de forma muito orgânica. A mistura de gêneros e pluralidade de ritmos é um fator importante pra gente. Nossa essência é descobrir novos talentos e fortalecer a cena independente. Acreditarmos na liberdade artística, numa estratégia conectada com a essência de cada artista, sonhamos juntos e criamos conexões. Sinto que somos como uma família, os artistas se identificam e se cruzam uns com os outros”, pontua Renata. 

Os últimos meses foram desafiadores para todo o ecossistema da música por conta das restrições impostas pela pandemia. “É um momento de grande responsabilidade para nós porque o digital tornou-se uma das principais fontes de receita. Por outro lado, o volume de trabalho aumentou consideravelmente e foi potencializado dom os desafios do home office e da alta demanda de atendimento e lançamentos. Neste período, o foco tem sido o planejamento estratégico nas plataformas de streaming, desenvolvimento e consolidação das audiências de ouvintes mensais e streams”, detalha a Country Manager.

Diante desta longa fase de paralização e rotinas alteradas, Heloisa Aidar analisa a cena independente. “Infelizmente estamos vivendo um período em que ser artista é motivo de vergonha aos olhos do governo federal, e não de orgulho por ser quem construiu a identidade do Brasil mundo afora. A cultura é a alma deste país, mas existe um plano de nos aniquilar. E aos trancos e barrancos a cena independente segue sendo uma das mais representativas no consumo das plataformas digitais, se reinventando e criando novos lugares de comunicação”, diz.

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Mas foi-se o tempo que o “artista independente” era preterido no mercado. Hoje, os independentes são sinônimos de projeção nacional, bons cachês e dispõe, muitas vezes, de uma equipe estruturada e extremamente profissional. É neste contexto que a Altafonte pode fazer a diferença na trajetória do artista, por inovar pela parceria personalizada.

Um desses pilares de personalização é a editora comandada por Heloisa Aidar focada em dois objetivos. “O primeiro é sempre trazer novos negócios, como sincronizações em cinema, publicidade, apresentar a obra a outras artistas, mostrar ao mercado que aquela obra existe em toda sua potência e tentar mantê-la viva. O segundo tem a ver com a parte administrativa que é garantir com transparência, organização e perseverança que o recurso chegue “com integridade” ao seu destino final: a autora/ autor”, explica a executiva que já empresariou as cantoras Mariana Aydar e Tulipa Ruiz.

Além de distribuir música pelas plataformas digitais de streaming e de trabalhar os fonogramas com edição e sincronização, a Altafonte se alia a tecnologia para otimizar o posicionamento e a visibilidade editorial dos lançamentos, multiplicamos downloads e reproduções através de banners, inserções em playlists e campanhas publicitárias em redes sociais e serviços digitais.

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Num mundo pós pandêmico, espera-se que a arte seja soberana porque ninguém se manteve são até hoje, sem ela. “Hoje tenho um sentimento confuso quando ouço a frase “A arte salva”. Ao mesmo tempo que ela me emociona, pois é por este motivo que trabalho com música, ela também me indigna, pois lembro-me de que ninguém está preocupado em salvar os artistas e todos que trabalham para a arte acontecer”, pondera Heloisa. “Mas estamos com muitos lançamentos quentes em andamento e é nisso que eu me apego porque parece que é a vida comprovando que precisamos seguir. A editora Altafonte está trabalhando de forma muito pró ativa com as agências de publicidade e plataformas de streaming de audiovisual. Tem lindas campanhas para serem lançadas e séries maravilhosas com o casting da Altafonte”, celebra.

É como dizia o poeta Ferreira Gullar, a arte existe porque a vida não basta.

 

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