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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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O verão está logo ali – Tratamentos corporais funcionam? (Parte 1)

Os tratamentos que usam tecnologia para combater flacidez, celulite, gordura localizada e promover hipertrofia muscular

Por Daniela Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 set 2021, 10h55 - Publicado em 24 set 2021, 20h19
Verão
 (Canvas/Reprodução)
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Lembra daquele velho slogan “não é feitiçaria, é tecnologia”? Para falar de tratamentos dermo-estéticos corporais, eu acrescentaria um importante detalhe: o médico. Sim, porque não é o aparelho sozinho que faz o resultado, mas quem está por trás dele. Costumo brincar que não é a flecha que faz a diferença, mas o índio que maneja o arco. Nos tratamentos para o corpo o resultado depende muito de uma avaliação individualizada do paciente e do desenvolvimento do protocolo e de uma estratégia correta levando em conta vários fatores. A resposta individual a cada procedimento também é diferente. Não há receita de bolo.  

Além disso, é fundamental entender que para se alcançar os objetivos desejados é preciso haver a combinação destas tecnologias proporcionadas pela medicina com um estilo de vida saudável, que inclua atividade/exercício físico, alimentação equilibrada, beber bastante água, sono adequado e controle do nível de estresse. Hoje resolvi listar as principais dúvidas que escuto de pacientes em relação aos tratamentos corporais (e as perguntas são tantas, que farei ainda uma próxima coluna sobre o tema):

1. Para fazer tratamento corporal tem que emagrecer antes? Não é necessário perder peso para começar um tratamento – a não ser que o paciente esteja muito acima do peso, quando vale, sim,  emagrecer um pouco e depois iniciar. Os tratamentos ajudam a diminuir gordura localizada, a melhorar o aspecto da celulite, a melhorar flacidez, a promover hipertrofia e um melhor contorno corporal. Para perder peso é preciso controlar a alimentação e praticar atividade física. O ideal é tentarmos conciliar tudo. Na prática vejo que, às vezes, é mais fácil tirar os pacientes da zona de conforto pelos tratamentos corporais e aí, então, vamos evoluindo. Não existe beleza sem saúde. 

2. Qual o tratamento mais eficaz para perder a barriga? Depende muito da quantidade de gordura, da flacidez, se tem diástase abdominal. Todo paciente tem que ser avaliado individualmente. A associação de tratamentos com diferentes tecnologias sempre traz melhores resultados. Entre os tratamentos interessantes para a região estão o CoolSculpting, Intradermoterapia (injeções), Radiofrequência e os Campos Eletromagnéticos. Diminuir a ingestão alcoólica, jantar até às 19h, dormir 3h depois da última refeição, diminuir a ingestão de carboidratos principalmente à noite e fazer exercício aeróbico ajudam bastante. 

3. Tem tratamento para ficar com abdômen tanquinho? Uma tecnologia sozinha não consegue trazer esse resultado. A camada de gordura está à frente da camada muscular, então, o percentual de gordura tem que estar muito baixo. O que é possível fazer nos casos em que já se tem uma barriga tanquinho, por genética e dedicação de longo prazo, é que conseguimos uma definição um pouco maior com hipertrofia através dos Campos Eletromagnéticos (Leia mais sobre o tratamento), com os quais pode-se aumentar em 20 a 40% a massa muscular. Particularmente sou muito fã desse tipo de tratamento para melhora do Core, da estabilidade das articulações, para o paciente idoso ter menos dor, para o aumento de massa magra na pré e pós menopausa. E os estudos científicos mais atuais mostram que o aumento da massa muscular está diretamente ligado à longevidade. Tem coisa melhor do que isso? 

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4. Qual o paciente ideal em termos de tratamento corporal? Os mais conscientes, que não acreditam em milagre, que entendem que não existe um ou dois tratamentos que vão resolver tudo, que sabem que não são seis ou dez sessões que dão conta de um milagre, que sabem que o tratamento corporal tem que ser contínuo e exige manutenção. Às vezes, a gente faz uma estratégia mais intensa no início para ter um resultado mais rápido, porém, se não houver uma manutenção fica difícil manter os resultados.

5. Tem algum cuidado pós tratamento? Pode ocorrer edema, vermelhidão e pode chegar a ficar roxo. É bom que o paciente fique longe do sol enquanto ainda estiver com esses efeitos. 

6. Que profissional devemos procurar para ter segurança nos resultados? O melhor é procurar um médico que consiga entender do paciente como um todo. Tudo interfere no resultado: o estilo de vida, o nível de estresse, a quantidade de água ingerida, a genética, a fase da vida, a idade, a avaliação hormonal, a alimentação, o sono, hormônios, as doenças prévias. Às vezes, usamos o tratamento corporal até para estimular o paciente a mudar o estilo de vida, porque ele vai vendo os resultados e se motivando, e o médico vai orientando para que ele procure mudar outros fatores do seu dia a dia em busca de uma qualidade de vida melhor. É muito bacana quando vemos o impacto na vida do paciente. Acho que todo o nosso estudo e dedicação é para fazer a diferença na vida dos nossos pacientes. Oferecer o melhor.  Esse é o real sentido da medicina. 

7. Há riscos nos tratamentos para o corpo? Todos os procedimentos podem ter complicações. Por isso é sempre importante conversar com o médico e entender os possíveis, mesmo que raros, riscos. (Leia mais sobre o assunto na próxima coluna).

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