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Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
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Verão está chegando: o aparelho sensação para ganho de massa muscular

Tecnologia de última geração promete hipertrofia e hiperplasia muscular

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Atualizado em 25 set 2021, 10h57 - Publicado em 19 set 2020, 10h40

Quem não gostaria de otimizar a hipertrofia muscular sem ter que passar mais tempo na academia e sem ter risco de lesão? É o sonho de qualquer pessoa – inclusive o meu, que amo me exercitar, mas com a quarentena acabei perdendo massa magra além de estar me aproximando da menopausa. A verdade é que chegamos em setembro e, mesmo em meio a esta pandemia, a maioria das pessoas já começa a pensar no velho bordão das academias: O verão está chegando. E com ele, aumenta a procura pelos tratamentos corporais, que estão cada vez mais eficientes e menos invasivos. O corpo é a nova face.  Uma das novidades é o Emsculpt, um aparelho que promove hipertrofia e hiperplasia muscular através de contrações supramáximas. Está enganado quem acha que músculos só servem para aumentar a autoestima diante do espelho. Sem eles, o corpo de qualquer ser humano acaba ruindo. E por trás da perda de massa e força muscular se esconde uma condição que pode incidir sobre todo mundo e, se não for contida, reduzir a expectativa e a qualidade de vida.  

Segundo o IBGE, o brasileiro gasta mais com cosméticos do que com comida.  De acordo com pesquisas da Euromonitor International, as vendas do setor de produtos de beleza e cuidados pessoais alcançaram R$ 109,7 bilhões em 2018 no Brasil. Aparência, higiene e bem estar são apontados pelos brasileiros nas pesquisas como uma necessidade, e não um luxo. O fato é que, embora sejamos uma país recordista em cirurgias plásticas, a adesão aos tratamentos menos invasivos tem aumentando muito.

Até bem pouco tempo, os tratamentos corporais eram voltados para melhora do contorno, celulite, flacidez de pele e gordura localizada. Radiofrequência, ultrassom microfocado, bioestimuladores de colágeno, congelamento de gordura, terapias injetáveis de enzimas e massagens fazem parte do arsenal das clínicas com protocolos avançados de tratamento. Mas ainda faltava tratar dos músculos. Nos últimos anos, cientistas americanos se dedicaram a desenvolver equipamentos que também atuassem na construção de músculos, entendendo que estes representam 35% do corpo humano. 

Único com tecnologia High-Intensity Focused Electro-Magnetic (HIFEM), aprovação do FDA para hipertrofia e hiperplasia muscular  e patenteado por uma empresa fabricante de aparelhos, a BTL Aesthetics. A empresa reúne mais de 500 mil casos no mundo e 55 mil no Brasil, tem mais de 15 artigos científicos publicados. Este aparelho está em apenas três clínicas do Rio, entre elas a minha porque pude comprovar a segurança e resultado, e em 14 em São Paulo. O resultado não está só no número de contrações e energia, mas principalmente na forma como tudo isso chega a essa musculatura – esse é o segredo dessa patente. O aparelho produz uma energia focada que induz 20 mil contrações musculares supramáximas por sessão, que duram entre 20 e 30 minutos dependendo da área  – algo que nunca seria possível alcançar por ação muscular voluntária que ocorre no exercício físico. Esta energia interage com o nervo motor enquanto a pele permanece intacta.

A contração das fibras musculares abdominais, em especial, ainda é acompanhada em paralelo de uma rápida reação metabólica nas células de gordura, que ocasiona uma lipólise intensa, iniciando um processo chamado apoptose, uma “morte” programada  das células. O efeito é uma a combinação de  hipertrofia, de fortalecimento muscular, através da multiplicação de miofibrilas (hiperplasia); e de ruptura de gordura. Os resultados são visíveis 20 dias após quatro sessões com recomendação de que sejam feitas duas vezes por semana. Uma manutenção com espaçamento entre as sessões sempre é uma boa ideia quando se trata de corpo. A continuidade é o sucesso de qualquer tratamento.  

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Esta nova abordagem de tratamento para definição corporal é voltada para um público adepto de um estilo de vida mais ativo que gostaria de ter um incremento no ganho de massa, pessoas que se exercitam mas têm dificuldade de alcançar maior definição, sedentários , mulheres perto ou em menopausa, atletas que desejam ganho de força, pessoas que necessitam estabilidade articular, idosos com dor e dificuldade de deambulação por perda de massa  (sarcopenia) e da força muscular (dinapenia) para diminuir o risco de queda, fratura e hospitalização com o tratamento. Também é interessante para adolescentes que, ao fazerem doses full de medicação para acne, podem ter aumento da CPK e são aconselhados a diminuírem  a intensidade do exercício físico. E ainda para mulheres com diástase de reto abdominal,muito comum no pós parto. 

Podendo ser aplicado em várias partes do corpo, o equipamento tem protocolos para arredondar o bumbum, para deixar a barriga mais sequinha e definida, panturrilhas, bíceps e tríceps mais marcados.  É voltado também para reforço muscular em atletas que querem melhorar a performance e evitar lesões. Isso porque ao aumentar a massa muscular ele interfere na força e resistência. 

Segundo o fisiologista Pedro Menezes, doutor em Educação Física pela UFRJ, é possível ajustar a amplitude do sinal elétrico do aparelho para recrutar todas as unidades motoras do músculo sem ter que fazer muitas repetições. Ele explica que para alcançar a hipertrofia muscular com exercícios, deve-se seguir o Princípio do Tamanho, que determina a quantidade de unidades motoras que o cérebro vai recrutar no músculo para fazer força. Quando se pega um peso muito pesado, o cérebro recruta a maior quantidade possível de unidades motoras para carregar aquele peso – portanto bastam poucas repetições. E quando se pega um peso mais leve, é preciso fazer muitas repetições para que o músculo chegue a um estimulo completo. Em ambas as estratégias, há em alguma medida a fadiga e o desconforto. “A grande vantagem destes aparelhos ultramodernos de hipertrofia é que se pode fazer um estímulo extremo sem esta fadiga e este desconforto, alcançando um nível muito satisfatório de hipertrofia e reduzindo bastante o risco de lesões”, explica Pedro, que está desenvolvendo comigo e com o preparador físico Jota Campos uma avaliação, Termografia, que mensura estes resultados pós tratamento. Segundo Jota a partir dos 40 anos começa a ocorrer uma perda significativa de massa muscular que se agrava ainda mais após os 65 anos e quando o paciente é sedentário. Como sempre defendo, o meu trabalho é sempre e preferencialmente um “banco” de prevenção dessa perda ajudando diretamente na qualidade de vida no envelhecimento. 

Músculos sem passar horas a fio na academia é ou não é a melhor notícia dos últimos tempos em tratamento corporal? Setembro já passou da metade, e o relógio já está contando para o verão, com pandemia ou sem pandemia, não custa lembrar. A estética melhorando a saúde, o bem estar, a qualidade de vida e a autoestima. 

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