Você já deve ter ouvido falar de ácido hialurônico, certamente. Seu uso se tornou tão popular nos últimos anos, que muitas pessoas não sabem bem para o que ele serve, como pode ser aplicado e a quem é recomendado. Por isso, reuni aqui uma espécie de guia completo para leigos sobre o tema.
O que é? Produzido naturalmente pelo nosso corpo, o ácido hialurônico é uma substância formada por moléculas de açúcar e que tem a capacidade de reter moléculas de água fazendo a ligação com o colágeno, o que mantém a forma e o contorno. Quase 50% do total de ácido hialurônico no corpo é encontrado na pele. Porém, a partir dos 18 anos, começa a ocorrer uma redução progressiva desta produção, bem como de colágeno, o que contribui para o natural envelhecimento da pele, com perdas de volume, ressecamento e surgimento de sulcos, linhas finas e rugas. Por exemplo, uma pessoa de 75 anos contém 1/4 de ácido hialurônico do que uma de 19.
Para que serve? Esta substância produzida pelo corpo é responsável por fazer com que a pele pareça mais hidratada, macia, com viço e volume. Basicamente, a substância melhora os níveis de hidratação da pele e confere certo grau de estrutura a ela. Quando utilizada externamente, seja em dermocosméticos, suplementação oral ou preenchedores, ela proporciona resultados diferentes.
Injetável para volume: O principal uso do ácido hialurônico sintetizado em laboratório nos procedimentos é como substância utilizada nos preenchimentos para dar volume a áreas da face como sulcos, rugas e até mesmo na reposição ou ajuste volumétrico. Embora seja feito a partir da mesma substância, há diversos preenchedores no mercado e cada produto escolhido pelo médico pode fazer diferença, já que têm fórmulas, moléculas e concentrações diferentes, variando a densidade e a capacidade de lifting. O efeito é imediato e o resultado final pode ser conferido depois de 30 dias. Lábios, contorno facial, olheiras, pés de galinha, códigos de barra e bigode chinês geralmente requerem tipos diferentes de ácido hialurônico.
Reversibilidade: O preenchimento com ácido hialurônico é reversível. O tratamento para retirada da substância é complexo mas possível. Se não ficar feliz com o resultado, um médico pode injetar a enzima hyaluronidase para dissolver o preenchedor. O processo é rápido, e se completa em 48 horas. É claro que dependendo da quantidade e do número de pontos preenchidos, este “despreenchimento” pode levar meses, exigindo mais de uma sessão. O risco de alergia, para quem é alérgico a picada de abelhas, neste caso é alto. A enzima é presente no veneno das abelhas. É importante saber que essa enzima também dissolve o ácido hialurônico presente naturalmente na nossa pele.
Dermocosméticos: Os dermocosméticos com ácido hialurônico têm o objetivo de melhorar a hidratação e textura da pele e de suavizar linhas finas. Ao contrário da técnica do preenchimento, o uso tópico não é capaz de dar volume. Os produtos mais modernos utilizam a tecnologia das nanopartículas para atingir camadas mais profundas da pele, formando uma barreira para a perda de água, reforçando as estruturas da pele. Como é muito semelhante ao ácido hialurônico produzido naturalmente, o risco de alergia e rejeição é baixo.
Injetável para hidratação: O uso do ácido hialurônico injetável nem sempre tem o objetivo de criar volume. O procedimento skinbooster utiliza a substância para hidratar profundamente a pele, permitindo resultados satisfatórios no caso de linhas finas, efeito gloss nos lábios, pele encarquilhada na região das pálpebras e cicatrizes de acne já. Ele atua nas camadas mais profundas da pele em relação aos dermocosméticos.
Suplementação oral: A reposição oral do ácido hialurônico orientada pelo dermatologista contribui para a manutenção e regulação da hidratação dos tecidos e facilita o transporte de nutrientes para as células, sendo um potente coadjuvante no antienvelhecimento e regenerador celular.