Coronavírus: cinco coisas que você precisa saber sobre álcool gel
Eficiente na prevenção do coronavírus, produto deve ser usado como SOS nas mãos minimamente limpas
A corrida por álcool gel nas prateleiras das farmácias e supermercados fez o preço subir e o produto sumir. A recomendação dos órgãos competentes de saúde é para que se lave as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos. O álcool gel é um produto considerado SOS para quem não tem à sua disposição água e sabão. Eficiente na proteção contra o coronavírus, é bom mantê-lo por perto, especialmente se for necessário sair de casa, mas não é preciso exagerar comprando todo o estoque, pense nos outros e lembre-se que o mais importante é que não falte o produto em hospitais – ponto para Ambev que vai produzir álcool gel para doar a hospitais. O que o coronavírus veio para ensinar é que não é sobre você, mas sobre o outro!
1.Mãos limpas
As mãos precisam estar razoavelmente limpas na hora da aplicação para que ele seja eficaz. Isso quer dizer que se sua mão estiver com algum tipo de sujeira visível, como por exemplo, algum resto de doce, ele não será devidamente absorvido e não será capaz de limpar. Os resíduos orgânicos diminuem a ação antisséptica, comprometendo a eficácia. Interrompa o uso se ocorrer algum desconforto, como queimação e vermelhidão. Aplique na palma de uma das mãos, espalhe depois na outra e não se esqueça de aplicar em toda a superfície do dorso e palma das mãos, dedos e punhos. E lembre-se que não deve tomar o lugar da água e sabão.
2. Concentração adequada
Na hora de comprar verifique se está comprando o álcool com concentração 70%, que é eficaz para o combate ao novo vírus e vários outros. Ele atua na parede celular do agente infeccioso, vírus ou bactéria, desestruturando as proteínas ou lipídios que o revestem, conseguindo eliminar 99% dos agentes, incluindo o coronavírus. Não adianta usar álcool comum para limpeza das mãos.
3. Hidratação em dia
O uso excessivo do álcool gel e até mesmo da lavagem das mãos com sabão vai tornar a pele da região mais ressecada. É preciso compensar esta perda da camada de gordura e da umidade natural com um reforço da hidratação. O ideal é manter no banheiro e na bolsa um hidratante específico para as mãos e aplicar pelo menos três vezes ao dia. Assim sempre que for higienizar as mãos, vai se lembrar de aplicar o creme. Na falta, procure fazer um hidratante caseiro com a mistura de banana, mel, aveia e iogurte, que podem ajudar. Este hábito é importante não só para manter a pele em dia, mas, principalmente, para evitar ressecamento em excesso, coceiras e até possíveis descamações e dermatites. Até porque estamos vivendo em um período de estresse, e a disidrose, doença dermatológica que causa descamação nas mãos, pode piorar nesses momentos.
4. Quantidade: tamanho de uma ervilha
A quantidade usada não deve ser excessiva. Ao final da aplicação, a mão deve estar ainda úmida para que o produto seque sozinho, mas não a ponto de ficar melada e ocorrer acúmulo do produto, por exemplo, entre os dedos e anéis, aumentando a chance de irritação local. Uma boa medida de comparação é botar uma quantidade que se assemelhe ao tamanho de uma ervilha. A recomendação do Centros de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos é que se deve levar 20 segundos no processo de ‘desinfetar’ as mãos com álcool gel.
5. Fuja da versão caseira
Cuidado com a internet! Estão circulando muitas receitas caseiras de álcool gel. Fazer este produto em casa não garante que se esteja seguindo todas as etapas e quantidades adequadas, podendo comprometer a eficácia. Dê preferência à versão industrializada. E se não encontrar o produto para comprar, lembre-se: ele é um SOS, um complemento caso não possa lavar as mãos com água e sabão.
Ensinar a lavar as mãos faz parte da educação das crianças, mas ainda hoje é preciso reforçar com os adultos, muitas vezes displicentes em relação à higiene. Por isso, agora, fique em casa e lave as mãos, mesmo que seja com álcool gel.
Esta semana, assisti novamente à palestra do Bill Gates num TED, em 2015, sobre o que ele chamava de novo inimigo, nos lembrando que precisamos aprender com as epidemias anteriores para nos prepararmos para a próxima, que certamente virá, ele diz – como veio. “Se algo matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas é mais provável que seja um vírus altamente contagioso do que uma guerra. Não é preciso entrar em pânico. Mas precisamos nos apressar porque o tempo não está no nosso lado. Se começarmos agora, talvez fiquemos preparados para a próxima epidemia”. Que possamos aprender com todas estas lições que estamos vivendo hoje.