Única carnavalesca mulher do Grupo Especial morre aos 64 anos
Márcia Lage assinava, junto com o marido Renato Lage, o desfile deste ano da Mocidade Independente de Padre Miguel

A Mocidade Independente de Padre Miguel, escola de samba da zona oeste do Rio de Janeiro, sofreu uma grande perda na manhã deste domingo (19). Por meio de suas redes sociais, a agremiação anunciou a morte de Márcia Lage, única mulher carnavalesca do Grupo Especial, aos 64 anos. Márcia, que enfrentava uma batalha contra a leucemia, já havia assinado carnavais memoráveis de escolas como Mangueira, Portela, Império Serrano e Salgueiro.
O casal Lage, responsável por grandes momentos da história do Carnaval carioca, trabalhava no retorno à Mocidade para 2025, preparando um desfile de identidade futurista assinado por Renato e Márcia. A morte da carnavalesca representa um golpe duro para a verde e branco, a poucos dias do Carnaval.
Formada pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e aluna de grandes nomes como Maria Augusta e Fernando Pamplona, Márcia trouxe ao Carnaval uma sensibilidade única, acessível apenas a quem vive a arte com paixão.
Sua contribuição como carnavalesca foi marcante, destacando-se em um ambiente predominantemente masculino. Sua partida deixa um vazio imenso na Mocidade e no desfile das escolas de samba.