Carnaval 2025: Bernardo Fellows revela planos para maior festa do Brasil
Novo presidente da Riotur fala sobre os desafios na realização do espetáculo, melhorias no Sambódromo e a integração de grandes eventos na cidade

Ele é flamenguista, tem 43 anos, casado, pai de um filho e administrador público. Por motivos óbvios — e por estar à frente da pasta que organiza o Carnaval do Rio — Bernardo Fellows não revela sua escola de samba do coração. Desde o dia 1º de janeiro, ocupa o cargo de presidente da Riotur, assumindo a responsabilidade por todos os eventos da cidade, incluindo o Réveillon. Apesar do curto prazo para a festa de Momo, Fellows garante que está pronto para o desafio e compartilhou, em entrevista exclusiva, os bastidores e as novidades do maior espetáculo da Terra.
Coluna: Você assumiu a Riotur em 1º de janeiro. Como tem sido a recepção no meio do samba, com as escolas e os preparativos?
Bernardo Fellows: Comecei na Riotur agora, mas já trabalho com o prefeito Eduardo Paes há mais de 20 anos. Nos últimos três anos, estive à frente da pasta de grandes eventos da cidade, estruturando e organizando ações para garantir qualidade e segurança nos eventos do Rio. Assumir a Riotur, que organiza tanto o Carnaval quanto o Réveillon, é um grande desafio, mas também uma honra. O Carnaval, no entanto, é uma operação muito complexa, ainda mais com seis noites de espetáculos, incluindo as séries Ouro e Especial. Trouxemos para a Riotur toda a experiência em planejamento e gestão para atender melhor as demandas dessa festa.
Coluna: A Riotur agora também coordena todos os eventos da cidade?
Bernardo Fellows: Sim, agora todos os eventos oficiais passam pela Riotur. Isso ajuda a evitar conflitos de agenda, datas repetidas e a organizar melhor o uso dos espaços públicos. Essa integração é inédita e permite mais harmonia na gestão dos grandes eventos da cidade.
Coluna: Sobre a infraestrutura do Sambódromo, quais melhorias podemos esperar para este ano?
Bernardo Fellows: Estamos investindo em melhorias significativas, como a revisão dos banheiros externos, a iluminação cênica personalizada para cada escola e a realização de testes técnicos nos desfiles. Este ano, os camarotes serão testados durante os ensaios técnicos para garantir que som e iluminação não prejudiquem os desfiles. Também estamos reforçando a segurança nas áreas de dispersão, um ponto sensível devido ao tráfego de carros alegóricos e ao público presente. Nossa prioridade é garantir a segurança de todos, desde os foliões até os trabalhadores envolvidos.
Coluna: Há alguma novidade em relação aos blocos de rua?
Bernardo Fellows: Sim, esperamos um aumento na adesão. No ano passado, tivemos quase 400 blocos autorizados, e a previsão é de um público ainda maior neste ano. Nosso foco é oferecer uma infraestrutura robusta para segurança, limpeza e organização, garantindo a melhor experiência possível para os foliões e os moradores da cidade
Coluna: E sobre o futuro da concessão do Sambódromo?
Bernardo Fellows: Estamos estudando possibilidades, seja com uma PPP (Parceria Público-Privada) ou outro modelo. A ideia é modernizar o espaço e utilizá-lo durante o ano inteiro, como um equipamento turístico. Isso inclui criar eventos permanentes, como um museu do samba, mantendo a essência do Sambódromo como o grande palco do Carnaval. A Sapucaí é um símbolo mundial, e vamos honrar essa tradição com a grandiosidade que ela merece.
Saiba quanto foi o investimento da Prefeitura do Rio de Janeiro para as escolas de samba em 2025:
• 12 escolas do Grupo Especial: R$ 25.800.000,00 (R$ 2.150.000,00 por escola).
• 16 agremiações da Série Ouro – escolas que desfilam na sexta-feira e no sábado na Marquês de Sapucaí: R$ 14.830.000,00 (R$ 925.000,00 por escola).
• 30 escolas da Série Prata – agremiações que desfilam na Intendente Magalhães: R$ 8.550.000,00 (R$ 285.000,00 por escola).
• 22 agremiações da Série Bronze que desfilam na Intendente Magalhães- : R$ 2.480.000,00 (R$ 112.000,00 por escola).