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Ele vem sendo pautado para cobertura de muitas produções e matérias do Rock in Rio. Maior comunicador da atualidade do Carnaval Carioca, o carnavalesco Milton Cunha se destaca com irreverência e conteúdo nas transmissões. Ao vivo ou gravado, as intervenções superlativas do carnavalesco – que viram meme em redes sociais – se tornaram frequentes nos telejornais da TV Globo. “Estou aqui linda, loira e japonesa”, brincava – com uma peruca de paquita – antes de entrevistar a “divinérrima, xuxérrima” Xuxa Meneghel, na cidade do Rock.
Nascido em Belém – passou a infância na Ilha de Marajó, no Pará – o artista foi mal compreendido por sua família devido a sua orientação sexual. “Sempre fui uma criança viada e assustava muito as pessoas”, disse Milton – que se tornou um defensor da pauta LGBTQI+ – em recente entrevista. E como brilho sempre foi a escola do artista, tudo associado ao setor das lantejoulas vem sendo associado a imagem do carnavalesco.
Quando a cantora Cyndi Lauper se apresentou no palco mundo, nessa sexta (20), fãs perguntaram se a roupa da artista teria saído do closet de Milton.
Com 19 anos, ainda no início da década de 1980, se mudou do Pará para o Rio de Janeiro. Uma vez na cidade, o talento artístico de Milton começa a ser reconhecido; seu primeiro contratante na cidade foi o empresário da noite Chico Recarey, dono de famosas boates da cidade à época. Formou-se em psicologia e produção de moda. “Dormi psicólogo e acordei carnavalesco. Queria trabalhar dirigindo óperas”, contou o artista, que assinou carnavais na Beija Flor, União da Ilha, Viradouro, Unidos da Tijuca e São Clemente.
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