Lupita Nyong’o aparece irreconhecível no filme Star Wars: O Despertar da Força e fala sobre os desafios no set
Ela não é carioca, não vem ao Rio para a pré-estreia de Star Wars: O Despertar da Força, nesta quarta (16), mas merece estar aqui na coluna (não acham?). Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme 12 Anos de Escravidão, a mexicana Lupita Nyong’o, de 32 anos e origem queniana, foi convidada pelo […]
Ela não é carioca, não vem ao Rio para a pré-estreia de Star Wars: O Despertar da Força, nesta quarta (16), mas merece estar aqui na coluna (não acham?). Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme 12 Anos de Escravidão, a mexicana Lupita Nyong’o, de 32 anos e origem queniana, foi convidada pelo próprio diretor J.J. Abrams para interpreter Maz Kanata no novo filme da franquia Guerra das Estrelas, um dos longas mais aguardados do ano. Lupita, que aparece irreconhecível em cena, falou sobre o desafio:
Como você acabou se envolvendo com o filme?
No começo de 2014, o J.J. me falou sobre esse projeto e disse que gostaria de trabalhar comigo. Em maio, recebi uma ligação dele dizendo que tinha o papel de Maz Kanata para mim. Eu estava em Marrocos naquela época, e ele mandou um cara lá só para me entregar o roteiro. Li, fiquei fascinada pela personagem e disse que adoraria interpretá-la.
Você já era fã de Star Wars?
Cresci assistindo a franquia. No Quênia, os filmes passavam muito na televisão nos feriados. Tudo era muito real para mim. Eu amava especialmente o R2-D2 e o C-3PO, e depois os Ewoks, mas não era fanática. Os filmes apenas faziam parte da minha vida, e eu não fazia ideia de que eram um fenômeno. Só mais tarde percebi que se trata de uma referência cultural. Há imagens de Stormtroopers espalhadas por lugares que você nem imagina…
J.J. Abrams utiliza um efeito especial chamado motion capture para transformar você na Maz Kanata. Você já havia trabalhado com essa técnica antes?
Eu sabia um pouco sobre Andy Serkis, o homem por trás do Gollum no filme O Senhor dos Anéis. No set, no entanto, foi tudo novo para mim. Tive que vestir um macacão especial e usar uns pontinhos espalhados pelo corpo. Toda manhã, eu ia para a maquiagem e colocava 149 pontos no meu rosto, o que levava de 45 minutos a uma hora. Mas é um processo fascinante. O número de pessoas por trás da personagem é impressionante. O legal é que eu nem precisava saber o que eles estavam fazendo ao meu redor, era só permanecer fiel ao papel.
E como era o traje que você precisava usar?
Era um macacão cinza repleto de marcadores em formato de triângulo. Eu parecia uma placa de trânsito ambulante. Todo mundo ficava olhando para mim, era bizarro. Tinha ainda uma câmera que era colocada na minha cabeça com um anel de luzes de LED e quatro lentes para captar cada movimento do meu rosto.
Como foi trabalhar com os atores John Boyega e Daisy Ridley, protagonistas do filme?
Um prazer enorme, são garotos cheios de energia. Fiquei sabendo de muitas coisas sobre a trama através deles, que estavam o tempo todo no set. O John é um verdadeiro professor de Star Wars. Eu ia atrás dele para perguntar o que estava rolando, saber mais sobre a guerra dos clones… Ele tem tudo na ponta da língua.
E como foi contracenar com o Harrison Ford?
Trabalhar com ele foi maravilhoso, ele sabe das coisas. Já fez inúmeros blockbusters como esse. Era muito bacana vê-lo tão concentrado, sob controle de tudo, e ao mesmo tempo brincalhão. Em um set tão grande como o de Star Wars, é fácil ficar meio perdido, sem saber o que está rolando. Mas o Harrison sempre parecia saber de tudo.
Que reação você espera do público?
Espero que os fãs sintam um soco no estômago ao ver esse mundo de volta à vida com tanta audácia. Vai ser uma festa para os olhos. Haverá muito para ver e apreciar. Ao mesmo tempo, é uma história muito humana sobre como enfrentar seus medos. Realmente espero que as pessoas curtam a experiência e o espetáculo.