Nomeada pela ONU como defensora dos direitos das mulheres negras, a atriz, escritora e palestrante Kenia Maria faz parte, com Camila Pitanga e Taís Araújo, de um seleto grupo de mulheres públicas a favor da igualdade de gênero no país. “Ninguém sabe, mas, em dez anos, o índice de violência contra as mulheres negras aumentou 54%, enquanto contra as mulheres brancas caiu 10%”, afirma a ativista, que vai lançar em outubro um livro infantil que traz à tona a questão da negritude e das religiões africanas para o público mirim. “Sou mulher, negra e candomblecista. Poderia ser pior? Há uma lei que obriga o estudo da África nas escolas, mas uma leva de professores evangélicos preconceituosos ignora isso”, protesta. Integrante da única família negra num condomínio de brancos em Laranjeiras, ela convive com o racismo diariamente. “Sinto todos os dias aqueles olhares que dizem ‘você não pertence a este lugar’”, conta. E revela, emocionada: “No Brasil, a gente morre por ser preta. Quando tive um aborto espontâneo, no hospital me deixaram sem anestesia. Isso tem de mudar”.
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