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Antonia Pellegrino discute e desmistifica o feminismo

No projeto Blasfêmea, ela lança vídeos, podcasts e textos com curiosidades e reflexões acerca do assédio, casamento, filhos e mais

Por Daniela Pessoa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 abr 2018, 21h17 - Publicado em 26 abr 2018, 21h15
Antonia Pellegrino - basfêmea - hysteria - feminismo - vídeos
(Vicente de Paulo/Divulgação)

Feminista odeia receber flores? Feminista não depila? Feminista tem horror a paquera? Acaba de estrear na plataforma Hysteria, da Conspiração Filmes,o projeto Blasfêmea, da roteirista Antonia Pellegrino, com o objetivo de falar sobre (e desmistificar) o feminismo. Através de vídeos, podcasts e textos, Antonia, que já assinou o roteiro de filmes como Bruna Surfistinha e Tim Maia, vai dar um aulão de comportamento feminino contemporâneo para homens e mulheres. No vídeo de estreia, por exemplo, ela lista dez ideias erradas sobre o feminismo que se espalharam por aí. Quer um exemplo? “Feminista não gosta que abra a porta do carro pra ela entrar”. Falso. “Muitos homens me perguntam sobre isso. No programa, eu explico”, avisa a escritora, que, para quem não sabe, é namorada do deputado estadual Marcelo Freixo.

+ Antonia Pellegrino critica série O Mecanismo, de José Padilha

Vêm aí, ainda, os vídeos “10 comportamentos machistas que você tem, mas não percebe” (“Falo, por exemplo, sobre ver com estranheza uma mulher que escolhe ter uma vida sexual ativa”) e “10 curiosidades da nossa sociedade machista que você não sabia”, como a existência de uma cota de policiais mulheres que não pode exceder 10%. No dia 30 de abril, entra no ar um filmete importante, sobre o assédio. “Nele eu falo sobre a diferença entre assédio e paquera”, diz Antonia. No vídeo sobre o casamento, ela problematiza a tradição brasileira de entender que o sexo no matrimônio deve ser “pudico”, e que o “sexo gostoso” acontece fora do casamento. A pergunta é: até que ponto a liberdade sexual ganhou de fato a cama dos matrimônios?

Já nos podcasts Antonia vai conversar com os filhos sobre como não ser um menino babaca e como criar uma menina que lute como uma garota. Em um deles, ela conversa com as crianças sobre a diferença de elogios que garotos e garotas costumam receber. As meninas são sempre lindas, enquanto os meninos são sempre fortes ou inteligentes – ou ambos. “Estas palavrinhas que a gente fala sem perceber acabam condicionando potencialidades e limites”, afirma. “Tento criar meus filhos de modo igualitário, através de conversas mobilizadas por leituras ou brincadeiras”. Imperdível para quem gosta de um bom debate e uma boa reflexão.

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