Beco do Becoza Por Juarez Becoza, repórter de gastronomia popular e caçador de botequins
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Carnaval sem bloco, mas com bar

No Imortais e no Baródromo, opções etílica-gastronômica-musicais para curtir um pouco o Carnaval mais estranho da história com segurança e tranquilidade

Por Juarez Becoza
Atualizado em 12 fev 2021, 19h51 - Publicado em 12 fev 2021, 15h37
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  • Quando é que, em toda uma vida de boemia, poderia eu imaginar um dia passar um carnaval… sem carnaval?

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    Pois é. Mas aconteceu. As razões são evidentes, só não vê quem não quer ou é doente do pé. Não significa, porém, que os dias que virão precisem ser só cinzas. Com cuidado e responsabilidade, a alegria pode se manifestar de diferentes maneiras. Sem tambor, sem suor, sem beijo, mas com muita esperança em dias melhores, espírito aquecido por uma cerveja gelada e o estômago abraçado por boa comida. E uma cachacinha, que ninguém é de ferro.

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    E é claro que tem boteco se preparando pra isso. O Imortais, ponto de encontro da boemia jovem de  Copacabana, tá até de novidade no cardápio. Aliás, novidades que vão agradar a turma que curte a festa da carne, mas não come carne. Dois novos petiscos 100% vegetarianos: O bolinho Visconde de Sabugosa, feito de milho recheado com queijo, e os palitinhos de polenta com queijo. O casamento perfeito entre a fartura botequeira e o equilíbrio alimentar. Aliás, nenhuma novidade nesse bar, que desde a inauguração  prezou por tentar equilibrar suas receitas sem perder a gostosura. Também pudera: o Rômulo, um dos donos ao lado do Fernando, é nutricionista de formação.

    Os Bloody Marys do Imortais, com torresmo ao lado do aipo: saúde e sustança.
    Os Bloody Marys do Imortais, com torresmo ao lado do aipo: saúde e sustança. (Juarez Becoza/Arquivo pessoal)

    E já que o assunto é equilibrar farra com responsabilidade nesse carnaval discretíssimo que teremos, o Imortais tem uma novidade etílica interessante: já viu Bloody Mary em botequim, caro leitor? Pois é: lá tem. Pedida boa pra quem quer obnubilar os sentidos sem a culpa de oxidar o corpo. Tem só um detalhe: se você estiver mesmo preocupado com isso, não esqueça de retirar o imenso torresmo que vem enganchado no copo, do ladinho no inocente aipo. Quero ver é resistir a essa e outras tentações criadas pelo bartender Thiago Teixeira, que nesse feriado-que-não-será virão até as mesas e bistrôs postados a céu aberto, devidamente separados, sem aglomeração e lotados de álcool em gel.

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    Outro bar que é a cara do carnaval e que esse ano vai ter que se contentar com discrição sem aglomeração é o Baródromo. Recém-inaugurado na Tijuca, o bar tinha tudo pra fazer desse feriado a sua grande festa de redenção, depois de quase ser varrido do mapa pela pandemia. Vamos ter que esperar um pouco mais. Porém, quem for até a Praça Niterói no sábado, no domingo e na terça de Carnaval conseguirá ainda assim ter uma tranquila e segura experiência momesca: com as mesas bem separadas e sem música ao vivo, a casa vai passar o fim de semana exibindo nos telões desfiles históricos na Sapucaí. Sempre a partir das 15h. Vai furar a Globo e sua transmissão de reprises, que começa amanhã à noite. Belo programa pra fazer a gente sair de casa sem pressa nem muvuca, e curtir com uma cerveja gelada. Só imaginando como vai ser o Carnaval do ano que vem, que é quando o bicho, e não o vírus, vai pegar.

    Aliás, 2022, aguarde-nos. Será o Carnaval dos 22. Entendedores entenderão.

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