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Por Analice Gigliotti, psiquiatra
Comportamento
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Celebrando a diversidade: eu, tu, eles… é nós!

Congresso da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas comemora a diversidade em todos os aspectos

Por Analice Gigliotti
Atualizado em 22 ago 2023, 19h40 - Publicado em 22 ago 2023, 05h10

Vivemos um tempo interessante. Estar no mundo hoje significa ouvir, aprender e respeitar com membros do tecido social que, até bem pouco tempo, eram apenas conduzidos conforme o desejo da figura possuidora de poder: geralmente homem, heterossexual, branco e privilegiado financeira e socialmente.

Temos o privilégio de testemunhar a ascenção de vozes, até bem pouco tempo, ignoradas pelo status quo: mulheres, pretos, comunidade LGBTQIA+, devotos de outras religiões não-católicas, portadores de deficiências, membros dos povos originários. Todos que nos cercam pos décadas e décadas, mas que foram vítimas de um conveniente apagamento cultural, social e, consequentemente, de poder. O que estamos descobrindo com isso? Que a diversidade é mais que um valor, é uma riqueza. É ela, a diferença, quem confere um caráter de multiplicidade à uma sociedade.

A 27ª edição do Congresso da ABEAD (Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas), que tenho a honra de presidir, acontece em São Paulo, de 03 a 06 de setembro, e abraça esse conceito. No evento deste ano, a ideia é celebrarmos a diversidade em todos os aspectos que abarcam os transtornos por uso de substâncias; desde a diversidade de temas, a diversidade de técnicas, a diversidade de pessoas, a diversidade de abordagens, a diversidade de culturas, a diversidade de opiniões e evidências, a diversidade de sub populações a serem representadas, a diversidade de possibilidades de cuidar, de acolher, de tratar e de prevenir o fenômeno das drogas.

Com a noção de que precisamos de “eu, tu e eles” para somarmos esforços e, assim, todos “nós” somos importantes e necessários para alcançarmos o nosso objetivo em comum que é garantir políticas públicas coerentes e modernas, com assistência de qualidade as pessoas com transtornos por uso de substâncias e comportamentais e seus familiares. 

A ideia do Congresso é contribuir para o entendimento de que toda a rede de assistência, em sua pluralidade, precisa ser fortalecida e que possamos parar de ter discursos fragmentados, que apenas nos dividem e de visões estreitas deste fenômeno das substâncias, o qual sabemos ser complexo e decorrente de muitos fatores.

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Para isso, alguns dos maiores especialistas do Brasil – não os cito nominalmente na certeza de que são muitos e acabaria comentendo injustiças ao esquecer de um ou outro – estarão reunidos discutir temas absolutamente palpitantes, como “Diferenças de sexo e gênero na perspectiva da neurociência e as drogas”, “Álcool e mulheres: acesso ao uso, mas não ao cuidado”, “Direitos reprodutivos, gestação, maternidade e uso de substâncias”, “Violência sexual e uso de drogas por mulheres: vulnerabilidade circular”, “Ações de empoderamento de mulheres alcoolistas em prol da equidade de gênero”, “Mindfulness para a recuperação de mulheres– encontrando equilíbrio em um mundo agitado”, “O que podemos aprender com a vida dos famosos com transtorno por uso de substâncias?”, “A legalização da maconha – caminhos e descaminhos”, “Psicodélicos, alucinógenos e enteógenos como novas intervenções emergentes no tratamento dos transtornos por uso de substâncias: engodo, falácias ou uma revolução?” e “A revolução digital nas adições: do recurso terapêutico ao paradoxo da doença”, para citar apenas alguns.

Essa pequena amostra do muito de conhecimento científico que será apresentado e compartilhado confirma o lugar da ABEAD entre as associações mais atentas às mudanças do mundo neste século XXI e aos temas da contemporaneidade que nos inquietam como seres humanos, mas também como sociedade.

As vagas são limitadas. Mais informações em www.abead.com.br

Analice Gigliotti é Mestre em Psiquiatria pela Unifesp; professora da PUC-Rio; chefe do setor de Dependências Químicas e Comportamentais da Santa Casa do Rio de Janeiro e diretora do Espaço Clif de Psiquiatria e Dependência Química.

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