Quase três anos depois de assentada a sua pedra fundamental, o Museu de Arte do Rio (MAR) abre as portas ao público na terça (5). Reformado ao custo de 76 milhões de reais, o complexo na Zona Portuária soma 15?000 metros quadrados, divididos por dois edifícios: o Palacete Dom João VI, de estilo eclético, receberá as mostras, e o prédio modernista onde funcionava um terminal rodoviário sediará o programa educativo da instituição. O curador é o crítico de arte Paulo Herkenhoff.
Quatro exposições são inauguradas com o museu. No térreo se encontra O Abrigo e o Terreno ? Arte de Sociedade no Brasil I, pontapé inicial de um projeto que deve se estender pelos próximos cinco anos e que investiga questões ligadas à ocupação do espaço público e à dinâmica da sociedade. Entre os artistas reunidos estão Antonio Dias, Lygia Clark, Waltercio Caldas, Hélio Oiticica, Lygia Pape e Raul Mourão. Tema semelhante é o da mostra Rio de Imagens: uma Paisagem em Construção, que aborda a evolução da cidade ao longo de 400 anos. Com cerca de 400 peças, o acervo contempla nomes do porte de Lasar Segall e Ismael Nery. As outras duas mostras foram idealizadas a partir de acervos de colecionadores particulares: Jean Boghici, marchand romeno radicado no Brasil, cedeu 140 trabalhos de artistas como Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Rubens Gerchman, Wassily Kandinsky e Giorgio Morandi, e o carioca Sérgio Fadel emprestou mais de 200 obras de estilo concretista, assinadas por Willys de Castro, Hércules Barsotti, Aloísio Carvão e Amílcar de Castro, entre outros.
Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, s/nº, Zona Portuária, ☎ 2203-1235. Terça a domingo, 10h às 17h. R$ 8,00. Grátis às terças. Até 7 de julho (Vontade Construtiva na Coleção Fadel), 14 de julho (O Abrigo e o Terreno ? Arte de Sociedade no Brasil I), 28 de julho (Rio de Imagens: uma Paisagem em Construção) e 1° de setembro (O Colecionador: Arte Brasileira e Internacional na Coleção Boghici). A partir de terça (5).