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De volta à velha forma

Imóveis em construção ou restaurados valorizam a Cidade Nova e seu entorno

Por Letícia Pimenta
Atualizado em 5 jun 2017, 14h58 - Publicado em 8 jun 2011, 19h01
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urbanismo1.jpg (Redação Veja rio/)
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No início do século passado, o Rio de Janeiro viveu o período do bota-abaixo, marcado pela demolição maciça de sobrados para dar lugar a imóveis imponentes e ruas largas. Cem anos depois, a região central da cidade é alvo novamente de uma ampla revitalização. Enquanto há uma enxurrada de projetos para revigorar a degradada Zona Portuária, a área da Cidade Nova e da Avenida Presidente Vargas já exibe sinais flagrantes de recuperação, com investimentos vultosos. Entre as iniciativas em andamento, destacam-se a construção do Centro Integrado de Comando e Controle, o novo prédio da Cedae, a nova sede do Arquivo Público do Estado e a Biblioteca Pública do Estado, que está fechada há três anos para reformas. Somados os custos, as obras atingirão a cifra de 203 milhões de reais.

Não chega a ser barato, mas o efeito é concreto. Aos poucos, o bairro tem recobrado o valor de outrora. Prova de sua boa saúde é a taxa de vacância próxima de zero, ou seja: são cada vez mais raros os pontos comerciais disponíveis. Em grande parte, tal movimento tem sido estimulado pelas escolhas do governo estadual. Inspirado em modelos similares em Nova York e Madri, o novo Centro Integrado de Comando e Controle, por exemplo, ocupará um prédio de quatro andares na Avenida Benedito Hipólito, logo ao lado do Sambódromo. Trata-se de um QG de operações, reunindo informações de diversos órgãos estaduais e mais de 1?000 funcionários. Poderia ser construído em outras partes da cidade, mas a opção de revitalizar aquela região foi preponderante. Igualmente populosa promete ser a sede da Cedae, programada para começar a funcionar em agosto, na Presidente Vargas. Por seus nove andares vão circular os 2?000 servidores da companhia, hoje em cinco endereços espalhados pelo Rio.

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Em efeito dominó, uma obra chama outra e, juntas, elas acabam sendo o estopim de novas melhorias. Enclave entre as regiões central e norte, a Cidade Nova e seus arredores modificam a paisagem. Ficará ali perto, no Estácio, a nova sede do Arquivo Público do Estado, que deve ser aberta até 2013. Além de conservar o acervo, o espaço será rebatizado como Memorial do Estado do Rio de Janeiro e contará com auditório, livraria, cafeteria, sala de exposições e laboratório de restauração. Ainda no setor de memória, a Biblioteca Pública do Estado, na Presidente Vargas, passa por uma reforma para reabrir em 2012 com o formato de centro cultural. Vai ganhar teatro, restaurante e área de recreação. “A modernização desses equipamentos vai induzir o crescimento da área”, aposta o chefe da Casa Civil, Regis Fichtner. Tomara que sim.

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