O que já se sabe sobre o episódio de violência na Lapa

Bairro teve acessos fechados com barricadas após morte ocorrida durante operação policial na noite de segunda (18)

Por Da Redação
19 jul 2022, 12h18

Barricadas em chamas foram usadas para fechar algumas ruas da Lapa, no Rio de Janeiro

Após ter virado uma praça de guerra na noite desta segunda (18), a Lapa amanheceu com ruas vazias nesta terça (19). O bairro boêmio foi cenário de violência e teve acessos fechados com barricadas na véspera, após uma morte ocorrida durante uma operação policial. Segundo a Polícia Civil, a operação era para cumprir um mandado de prisão. Mas dois homens armados que vendiam drogas teriam reagido e houve um tiroteio. Na sequência, um grupo ateou fogo em montes de lixo e bloqueou ruas do bairro. Cerca de 15 linhas de ônibus passam pela região. Alguns veículos chegaram a ser apedrejados durante a confusão.

O homem morto foi identificado como Emanuel Ramos de Oliveira. Segundo a polícia, ele tinha 15 anotações criminais, a maioria por roubo e tráfico de drogas. Um outro homem foi preso por atacar uma cabine da PM.

+ Pesquisa: na Maré, 57% das mulheres já sofreram algum tipo de violência

Pessoas que estavam na Lapa na hora da confusão, no entanto, disseram a repórteres da TV Globo que não houve troca de tiros. “Pegaram ele na covardia, aqui cheio de criança, veio polícia da Civil disfarçado e começou a dar tiro aqui na rua. Poderia ter baleado uma criança”, afirmou uma mulher. “Não tinha arma nenhuma. Tiraram a vida dele a troco de nada. Deram um tiro em um casarão com um monte de criança dentro, com um monte de famílias trabalhadoras”, disse outra mulher.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Além da Polícia Civil, equipes da Polícia Militar, inclusive do Batalhão de Choque, fizeram um cerco na região. Os acessos para o bairro foram fechados por volta das 18h de segunda (18) e reabertos aproximadamente às 20h20. No fim da madrugada, ônibus e carros circulavam normalmente. Viaturas da Polícia Militar eram vistas circulando pela área. Não houve registros de novos confrontos na região, que costuma atrair cariocas e turistas por sua vida noturna.