Violência fez 20% da rede pública de ensino suspender aulas em 2022
No ano passado, 134 mil alunos deixaram de estudar por causa de tiroteios. Em 2023, 257 unidades não tiveram aula por pelo menos um dia
Segundo números da Secretaria Municipal de Educação, quase um terço das escolas municipais tem o funcionamento afetado pela violência da disputas entre facções, ou por operações policiais. Houve unidades que nesse começo de ano tiveram que fechar por 15 dias.
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O levantamento mostra que, no ano passado, 134 mil alunos — 20% de toda a rede — deixaram de estudar em algum momento por causa de tiroteios entre facções rivais ou operações. Foram 481 escolas afetadas, praticamente um terço.
Esse ano, entre fevereiro e a metade de abril, a violência deixou 257 unidades sem aula por pelo menos um dia. Foram 1.593 fechamentos nesse tempo curto, segundo reportagem da Rede Globo.
A escola que mais sofreu com os fechamentos fica na comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, na Zona Oeste. De 45 dias letivos, os alunos ficaram 15 sem aulas.
O Rio tem a maior rede pública de ensino da América Latina. São 1.549 escolas municipais e 670 mil alunos — mais do que toda a população de Niterói.