Ventania faz a ciclovia Tim Maia ficar fechada e canoístas passam sufoco
Previsão para esta terça (29) é de ressaca, com ondas de até 3,5 metros, e de rajadas de ventos que podem chegar a 50 km/h

A prefeitura do Rio fechou preventivamente a Ciclovia Tim Maia, que margeia a Avenida Niemeyer, ligando o Leblon a São Conrado, na manhã desta terça (29). O bloqueio foi motivado pelo alerta de ressaca emitido pela Marinha, que prevê ondas de até 3,5 metros no litoral fluminense. Nesta segunda (28), fortes ventos chegaram a 70km/h, entre 8h e 9h, no aeroporto Santos Dumont, segundo o Alerta Rio. Também ventou forte no Vidigal (66,1 km/h, às 8h10). Os ventos diminuem de intensidade, mas ainda poderão ocorrer rajadas de até 50 km/h, por causa da chegada de uma frente fria.
+ Ciclone deve atingir o sudeste na segunda (28)
Nesta segunda (28), em Niterói, um grupo que praticava canoa havaiana foi arrastado pela ventania na Praia de Itacoatiara, na Região Oceânica. Pelo menos 12 pessoas que remavam não conseguiram voltar à areia e pediram socorro. O resgate mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e contou com o apoio de surfistas que estavam na água. “Eu estava dando aula, e meus alunos estavam mais ali para a beira. Do nada, entrou esse vento sudoeste muito forte, não estava previsto para entrar, e nos surpreendeu”, contou à TV Globo Dudu Pedra, professor de bodyboard, que acompanhou o resgate. Segundo ele, o vento começou a jogar as canoas mais para a beira. “Elas queriam voltar para Itaipu, que é a praia de onde vieram, e não estavam conseguindo voltar”, explicou. Na cidade do Rio, pelo menos três árvores caíram com a força do vento nas ruas Cosme Velho; Professor Antônio Maria Teixeira, no Leblon; e na Pedro Bolato, na Barra.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
De acordo com a Marinha do Brasil, a ressaca deve se estender até as 21h de quinta (30). Até lá, a Ciclovia Tim Maia deve permanecer fechada. Ela foi reaberta em fevereiro deste ano, após quase 5 anos oficialmente interditada – embora ciclistas, corredores e pedestres ignorassem as barreiras nos acessos. A estrutura enfrentou problemas desde a inauguração, há nove anos. Foram dois desabamentos causados por fortes ressacas: um em 2016, que deixou duas pessoas mortas, e outro em 2019. A Justiça Federal, então, determinou o fechamento e cogitou derrubá-la. O trecho entre São Conrado e o Leblon permaneceu fechado nos últimos anos para obras e reforços estruturais. Após vistorias e autorizações, a Justiça autorizou a liberação.