As estações de arquitetura arrojada e o desenho moderno das cabines de tecnologia francesa lembram as atrações de parques de diversões. A velocidade de 18 quilômetros por hora, por sua vez, não fica muito atrás da exibida pelo bondinho do Pão de Açúcar. Projetado para transportar 30?000 pessoas por dia, o teleférico sobre o Complexo do Alemão deve alterar radicalmente a maneira como os 120?000 moradores se deslocam pelo conjunto de treze favelas. “As condições de acesso são extremamente difíceis ali. Esse sistema vai conectar todos por cima”, diz o arquiteto que projetou a obra, Jorge Mário Jáuregui.
Tão impressionantes quanto as pequenas gôndolas pairando sobre a vastidão de casebres são os números do sistema inaugurado na quinta-feira 7 (veja a ilustração). Vinte e cinco torres de concreto armado, com 11 metros de altura cada uma, suportam 84 toneladas de cabos, por um percurso de 3,5 quilômetros, conectando cinco morros à estação de trem de Bonsucesso. Antes de o equipamento entrar em operação, levava-se mais de uma hora no trajeto. Agora, serão dezesseis minutos.
Inspirado em um sistema semelhante implantado na cidade de Medellin, na Colômbia, o teleférico do Alemão é parte de um projeto de resgate da área que se tornou um símbolo na guerra contra o tráfico e o crime organizado. Antiga zona conflagrada, foi retomada pelo poder público em uma ação espetacular no mês de novembro de 2010. O novo meio de transporte é mais um passo para o resgate da cidadania dos moradores.
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