SHOW
JOÃO CARLOS ASSIS BRASIL. Standards do repertório americano com arranjo e interpretação de um pianista que trafega sem sobressaltos pelos caminhos do clássico e do popular. Essa proposta de uma noite de deleite musical fez com que os ingressos para a série Quintas com Música, na Fundação Eva Klabin, se esgotassem rapidamente. Diante da grande procura, os produtores do evento abriram uma data extra na sexta (22). Quem garantir a entrada vai ouvir quase trinta temas, entre eles uma especialidade de Assis Brasil: o pot-pourri dedicado a George Gershwin que, em 1990, encontrou na voz da cantora Olívia Byington a parceria perfeita, registrada no disco batizado com o nome dos intérpretes. Ele abre a noite com Rodgers e Hart, passa por Irving Berlin e Jerome Kern, até chegar a Cole Porter. O final promete emocionar com quatro clássicos do cinema: Limelight, As Time Goes By, Over the Rainbow e The Entertainer.
CONCERTO
NABUCCO. Já viúvo, os dois filhos também mortos e vindo de um fracasso (Un Giorno di Regno), Giuseppe Verdi (1813-1901) pensou em nunca mais escrever uma ópera. Dissuadido, entrou para a história: estreou em 1842 o primeiro de seus muitos sucessos no gênero, famoso por Va Pensiero, o coro dos escravos hebreus no terceiro ato. A obra conta a história de Nabucodonosor, rei da Babilônia, de tirano a convertido ao judaísmo. Na quinta (21), ganha a primeira de quatro sessões no Theatro Municipal. A direção é do carioca André Heller-Lopes, que já comandou produções na Royal Opera House, em Londres. Com elenco brasileiro, a montagem tem Rodrigo Esteves e Rodolfo Giugliani se revezando no papel-título, além da soprano Eliane Coelho e do baixo Sávio Sperandio. Pela primeira vez, é encenada no Rio a partitura integral, sem os “cortes de tradição”, partes mais difíceis geralmente suprimidas. Silvio Viegas rege a orquestra e o coro da casa. Pág. 85