SHOW
CARLOS NÚÑEZ. O respeitado instrumentista galego não restringe o repertório de sua gaita de foles. Entre outros feitos, colaborou para a trilha sonora de Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, Oscar de filme estrangeiro em 2004, e dividiu as belas composições que embalam a dança do Grupo Corpo em seu mais recente espetáculo, Sem Mim. Líder de um quarteto que inclui ainda rabeca irlandesa, percussão e bouzouki, um bandolim à moda grega, Núñez sobe ao palco do Espaço Tom Jobim, na quarta (28), para mostrar o resultado de suas aventuras com a cultura brasileira. Na primeira visita ao país, ele procurava notícias do bisavô, Albino, imigrante do início do século passado que teria sido assassinado por aqui. Era o que a família contava. A história é bem outra. Seu antepassado formou nova família, passou a se chamar José Nunes, foi parceiro de Pixinguinha e é o autor de obras como Maxixe de Ferro. O bisneto também encantou-se e, no ano passado, gravou o disco Alborada do Brasil. Ao vivo, vai mostrar criações próprias e três faixas do CD: Vou Vivendo, de Pixinguinha, Asa Branca, de Luiz Gonzaga, e Feira de Mangaio, de Sivuca.