VEJA Rio recomenda
A mostra Vieira da Silva - Agora e Diálogos com Vieira da Silva, a peça A Garota do Adeus, o filme Bertolucci à Luz da Lua e o show de Luiz Melodia
EXPOSIÇÃO
Vieira da Silva – Agora e Diálogos com Vieira da Silva. Em cartaz no MAM, as duas mostras compõem um programa só, dedicado a Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), uma das principais representantes da arte moderna de Portugal. A primeira é uma individual da homenageada, para a qual foram selecionados 51 trabalhos, entre pinturas e desenhos que abrangem cinco décadas de produção. Na maioria deles revela-se o embate sem derrotados entre figuração e abstração que impregnou sua criação. Em algumas obras o conflito pende para o primeiro lado, como em Le Jeu de Cartes (1942), na qual as cartas do baralho são imediatamente reconhecidas. Outras demandam um exercício de pura contemplação ou uma espiada no título do quadro, por vezes esclarecedor, caso de O Festim da Aranha (1949). Na segunda exposição são reunidas 28 peças de 21 artistas, nomes importantes da cena brasileira como Guignard, Volpi e Pancetti, de alguma maneira relacionados a Vieira da Silva ? ela viveu no Rio com o marido, o húngaro Arpad Szenes. Saiba mais na coluna Exposições
TEATRO
A Garota do Adeus. Um grande êxito na consagrada carreira do dramaturgo e roteirista americano Neil Simon, o texto ganhou os cinemas em produção de 1977 indicada a cinco Oscar e vencedora do prêmio de melhor ator (Richard Dreyfuss). Nos anos 90, repetiu o sucesso em adaptação musical na Broadway e no West End londrino. A montagem em cartaz no Teatro Fashion Mall tem uma particularidade: pela primeira vez, leva a história ao palco sem as músicas. Maria Clara Gueiros vive Paula, dançarina desempregada que é abandonada pelo companheiro com a filha de 10 anos, de um relacionamento anterior. Para piorar, ele alugou o apartamento onde as duas vivem para um ator, Hélio (Edson Fieschi). Como nas melhores comédias românticas, a convivência do trio evolui entre a previsibilidade e o encantamento. Fieschi entrega bons momentos, mas é a pequena Luisa González, no papel da filha de Paula, a melhor surpresa do espetáculo. Clique aqui para saber mais
CINEMA
Bertolucci à Luz da Lua. Para celebrar o lançamento de La Luna, novo título de sua coleção de DVDs, o Instituto Moreira Salles abriga, a partir de sexta (18), a mostra com esse e outros nove filmes do diretor Bernardo Bertolucci. O ousado longa de 1979, sobre a relação entre uma cantora lírica (Jill Clayburgh) e seu filho de 15 anos (Matthew Barry), será exibido no sábado (19), às 17h30, e no domingo (20), às 19h45. Também está na programação a mais recente produção do cineasta italiano: inédita por aqui, Eu e Você (2012) narra as aventuras íntimas de Lorenzo (Jacopo Olmi Antinori), jovem com dificuldades de relacionamento que decide se esconder por um tempo no porão do prédio onde mora. As sessões acontecem na sexta (18) e no sábado (19), às 20 horas, e no domingo (20), às 18 horas. Completam a lista realizações que marcaram época, como O Último Imperador (1987), vencedor de nove Oscar, atração da sexta (18), às 16h30, e o untuoso Último Tango em Paris (1972).
SHOW
Luiz Melodia. Dono daquele talento para a divisão rítmica que distingue os grandes cantores, o intérprete tem o dom de se renovar sem mexer muito no repertório. Na segunda (14) e na terça (15), no Theatro Net Rio, ele volta a improvisar sobre composições com décadas de existência, a exemplo de Pérola Negra, Juventude Transviada, dois clássicos de lavra própria, e do hit da jovem guarda Negro Gato. A formação acústica só realça a sua voz: Melodia será acompanhado por Renato Piau (violão), Charles Costa (violão de sete cordas) e Alessandro Cardozo (cavaquinho). Ele já planeja o próximo disco ? “Resta alguém querer Luiz Melodia”, diz ?, com participação da cantora Céu e do filho, o rapper Mahal. Ao vivo, também vai apresentar candidatas ao futuro CD, como Cura, parceria com Piau, e Franqueza. Completam o programa Ser Boêmio, composição do pai, o sambista do Estácio Oswaldo Melodia, e Suave É a Noite, uma pérola romântica já gravada por Moacyr Franco, versão do standard americano Tender Is the Night, que o músico carioca costumava cantar na década de 70. Saiba mais na coluna Shows