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Não perca a exposição Fio Condutor, o espetáculo infantil A Pequena Vendedora de Fósforos, a peça Pinteresco e o show de Milton nascimento

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h22 - Publicado em 1 out 2012, 18h31
Jaime Acioli
Jaime Acioli (Redação Veja rio/)
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EXPOSIÇÃO

Fio Condutor. Estava tudo encaminhado para uma nova coletiva na Graphos: Brasil quando Ricardo Duarte, dono da galeria no Shopping dos Antiquários, foi apresentado à obra da portuguesa Susana Anágua. Encantado, resolveu incluí-la na mostra ? e com destaque. Para tanto, parou a reforma em um imóvel no mesmo centro comercial, para onde a galeria deve se mudar até o fim do ano. Ali, entre canos expostos, azulejos quebrados e penumbra, instalou dois vídeos, desenhos, três criações em backlight e uma magnífica videoinstalação: em (Ir)Reversible Systems ? Double Side Version, a projeção dupla emite uma luz que parece correr sobre fios de algodão, causando efeito hipnótico. Para conhecer essa parte da exposição, porém, é preciso antes ir à atual Graphos, onde se encontram os outros dezesseis artistas de Fio Condutor (além da própria Susana, com mais um trabalho), e pedir uma visita guiada. A ideia de linha contínua perpassa todas as obras, às vezes temperada por humor, como em Weaver, da argentina Liliana Porter, em que uma senhorinha (?inha? mesmo) tricota a lã de um novelo gigante. Em meio a trabalhos em diversas técnicas, destacam-se nomes como Carlos Vergara, Waltercio Caldas, Vik Muniz e Anna Bella Geiger. Saiba mais na coluna Exposições.

CRIANÇAS

Dalton Valério
Dalton Valério ()

A Pequena Vendedora de Fósforos. Denise Crispun ousou adaptar para o palco um tristíssimo conto de Hans Christian Andersen (1805-1875). Em cartaz no Oi Futuro Ipanema, a peça não se desvia do tom original e proporciona aos pequenos uma experiência emocionante. É levada à cena a história de Maria (Dayse Pozato), menina bastante pobre, como foi o autor dinamarquês na infância. Ela vende fósforos pelas ruas, na tentativa de voltar com algum dinheiro para a precária casa onde mora com o pai (Paulo Trajano). Diante do frio, da fome e do desamparo, busca abrigo na fantasia, sonhando acordada com belas histórias. Na montagem dirigida pela tarimbada Lúcia Coelho, o cenário todo branco tem largas folhas de papel da mesma cor que viram pedras, amassadas, ou cobertores, esticadas. Essa solução inventiva cria a gelada noite de Natal na qual a garota encontra personagens como a linda boneca bailarina e o soldado de chumbo, brinquedos de um menino rico da vizinhança. A caminho de seu destino trágico, Maria acende os fósforos para se esquentar e só encontra conforto nos diálogos que mantém com a falecida avó (Beth Lamas). Não há final feliz, mas a sessão, para a turminha mais madura, pode inspirar uma conversa franca sobre injustiça e finitude. Saiba mais na coluna Crianças.

TEATRO

Guga Melgar
Guga Melgar ()
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Pinteresco. Expoente do teatro do absurdo, autor de clássicos como Festa de Aniversário, O Porteiro e Traição, o inglês Harold Pinter (1930-2008) escreveu também uma série de esquetes. Doze deles, criados entre 1959 e 2006, são reunidos na sofisticada comédia em cartaz no Solar de Botafogo ? batizada com o adjetivo usado para definir o estilo dos diálogos do dramaturgo, cheios de pausas, que aqui também se fazem notar. Na boa seleção de pequenas cenas, as mais interessantes são aquelas em que Pinter explora a dificuldade de comunicação, tema caro à sua obra. É o caso de Noite (1969), em que um casal tenta relembrar seu primeiro encontro. Como é de esperar, as situações apresentadas por vezes beiram o surreal, revelando um humor afiado e inteligente. Alice Borges, Leonardo Franco, Marina Vianna e Savio Moll integram o ótimo elenco, com entrosamento valorizado pela direção precisa de Ary Coslov.

SHOW

Daryan Dornelles
Daryan Dornelles ()

Milton Nascimento. O cantor carioca de nascimento e mineiro por adoção completa 70 anos no próximo dia 26 ? a mesma idade redonda atingida, em 2012, por seus colegas Gilberto Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Chico Buarque. Milton tem muito que comemorar: também celebra meio século de carreira e as quatro décadas do LP Clube da Esquina, o mutirão de talentos mineiros que jogou luz sobre nomes como Toninho Horta, Wagner Tiso e Beto Guedes. Um pouco dessa história e muita música serão lembrados no sábado (6), no Vivo Rio, quando o intérprete comanda a gravação do DVD Milton Nascimento ? 50 Anos de Voz nas Estradas. No palco, o dono da festa vai dividir composições como Maria Maria, Nos Bailes da Vida (ambas em parceria com Fernando Brant) e Canção do Sal com os cinco instrumentistas de sua banda e convidados. Estão confirmados Fafá de Belém, Lô Borges, Tiso, Tunai e o grupo Bangalafumenga. Saiba mais na coluna Shows.

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