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Não perca nesta semana o concerto Rigoletto, a exposição Espelho Refletido - O Surrealismo e a Arte Contemporânea Brasileira, a peça teatral Besouro Cordão-de-Ouro e o show de Paulinho da Viola
CONCERTOS
Rigoletto. Com libreto de Francesco Maria Piave (1810-1876), a ópera de Giuseppe Verdi (1813-1901) quase foi engavetada, devido a problemas com a Censura. A triunfal estreia, em março de 1851, porém, abriu seu caminho para a fama. Seis apresentações do espetáculo estão marcadas para o Theatro Municipal, a partir de domingo (8). No papel-título se revezam dois barítonos premiados, o italiano Roberto Frontali e o brasileiro Rodolfo Giugliani. As sopranos Artemisa Repa e Lys Nardoto se alternam como Gilda, a desafortunada filha do protagonista, apaixonada pelo duque de Mântua (os tenores Fernando Portari e César Gutierrez). Sua desonra nas mãos do nobre desperta a ira e a sede de vingança de Rigoletto. O ítalo-brasileiro Pier Francesco Maestrini responde pela direção de cena, que contará com projeções no cenário. O coro e a orquestra do Municipal são regidos pelo português Osvaldo Ferreira. A propósito: a famosa ária La Donna È Mobile é cantada no terceiro ato. Saiba mais na coluna Concertos.
EXPOSIÇÃO
Espelho Refletido – O Surrealismo e a Arte Contemporânea Brasileira. Publicado em 1924, o Manifesto Surrealista influenciou amplamente a vanguarda artística europeia no período entreguerras, mas não se restringiu àquele momento. Mesmo artistas brasileiros contemporâneos recorrem a elementos do movimento lançado pelo poeta francês André Breton (1896-1966), como mostra a exposição em cartaz no Centro de Arte Hélio Oiticica. Alentada, a coletiva ocupa dois andares com cerca de 140 obras de 56 criadores. A variedade de técnicas é desnorteante, o que faz bem à visita: abrange desenhos, pinturas, instalações, fotografias, objetos, vídeos. Em meio à atraente estranheza dos trabalhos, destacam-se aqueles impregnados de humor, como a série de figuras distorcidas nas ilustrações de Roberto Magalhães e a gigantesca mosca de pelúcia morta no chão, de Camille Kachani. Saiba mais na coluna Exposições.
TEATRO
Besouro Cordão-de-Ouro. De volta ao circuito, o espetáculo de 2006 ganhou original encenação itinerante no Teatro Glauce Rocha. Considerado na Bahia o maior capoeirista de todos os tempos, Manuel Henrique Pereira (1895-1924) era mais conhecido pelo apelido que batiza o musical dramático. Sob a direção de João das Neves, doze atores negros começam a contar a história do personagem no térreo, antes de conduzir o público por caminhos estreitos até o palco, no 1º andar, transformado em um terreiro de capoeira. Em todo o trajeto, chama atenção o cenário de Ney Madeira, repleto de cestos de vime, caixotes e esteiras de palha. Ninguém assume o papel de protagonista, cada um conta um causo, mas Marcelo Capobiango rouba a cena com mais frequência. O compositor Paulo César Pinheiro assina o texto e as catorze canções, entre elas a conhecida Lapinha, parceria com Baden Powell (1937-2000). Vibrante, a peça é embalada ao vivo pelo som de violas, atabaques e berimbau. Clique aqui para saber mais.
SHOW
Paulinho da Viola. Filho de César Faria (1919-2007), pioneiro violonista do grupo de choro Época de Ouro, e criado em Botafogo, onde curtiu o Carnaval de rua, o sambista declarou seu amor pela suburbana Portela em belos versos e com pelo menos um grande feito ? definiu o conceito de velha guarda ao reunir compositores da escola no disco Portela Passado de Glória, de 1970. Não por acaso, portanto, a obra de Paulinho da Viola soa como uma síntese elegante de grandes momentos da MPB. Há quase um ano sem se apresentar na cidade, ele solta a voz no Vivo Rio, no sábado (7), ao lado de Cristóvão Bastos (piano), Dininho Silva (baixo), Celsinho Silva (pandeiro), Mário Seve (sopros) e Hércules (bateria), além dos filhos João Rabello (violão) e Beatriz Rabello (voz). No programa, o desfile de clássicos como Sinal Fechado, Coisas do Mundo Minha Nega e Coração Leviano é um preparativo para outro compromisso. Em novembro, quando completa 70 anos, Paulinho vai se apresentar no Carnegie Hall, em Nova York. Saiba mais na coluna Shows.