SHOW
Marcos Valle. Revelado na segunda turma da bossa nova, em 1961, o músico desprendeu-se dos doces acordes do movimento já na década seguinte. Enveredou por pop e soul, foi parceiro do grupo americano Chicago, compôs para a TV e teve sua ousadia reconhecida por DJs estrangeiros nos anos 90. Essa inquietude o levou a novo encontro musical: na terça (15), às 19 horas, o cantor, compositor e pianista divide o palco do Teatro Sesc Ginástico com o septeto Paraphernalia. Em comum, Valle e o conjunto integrado por músicos tarimbados como Bernardo Bosisio (guitarra), Marlon Sette (trombone), Renato ?Massa? Calmon (bateria) e Donatinho (teclados) têm a familiaridade com o melhor do repertório dançante dos anos 60 e 70. Isso significa que o público vai balançar nas cadeiras embalado por temas como Nu Flava (Donatinho) e Champagne (Bosisio), além de clássicos de Marcos Valle ? Estrelar e Selva de Pedra estão no programa, ao lado de uma versão quente para a conhecida Os Grilos. Saiba mais na coluna Shows.
EXPOSIÇÃO
Yann Arthus-Bertrand. Fotografia e meio ambiente sempre estiveram ligados no trabalho do francês Arthus-Bertrand, de 66 anos. Fundador da primeira agência de imagens aéreas do mundo, ele adotou o olhar das alturas para registrar inúmeros cantos do planeta em mais de sessenta livros e no documentário Home (2009). A abordagem é retomada em A Terra Vista do Céu, mostra que ocupa toda a Praça Floriano, na Cinelândia. Exibidas em grandes painéis, 126 fotos revelam ângulos originais de dezenas de países de todos os continentes, incluindo o Brasil ? representado por uma paisagem do Pantanal, outra da Amazônia e doze do Rio, estas feitas no ano passado. Embaixo de cada trabalho há uma frase esclarecedora, quase sempre de cunho ecológico, sobre os rumos do planeta. No atraente programa ao ar livre, os passantes ainda caminham sobre um enorme mapa-múndi, no qual são indicados os locais onde foram feitas as fotografias. Saiba mais na coluna Exposições.
CRIANÇAS
Zigg & Zogg. A inspiração do cinema mudo domina o espetáculo da Cia. 2 de Teatro em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim. Fundadores da trupe e os únicos em cena, Gustavo Rizzotti e Bruno Caldeira vivem os personagens do título. Seres sem cor, um tanto melancólicos, eles se conhecem ali mesmo, no palco. Conforme vão interagindo, descobrem que a criatividade é um poderoso combustível para a alegria ? e para uma vida, digamos, mais colorida, como se verá até o final do espetáculo. Não há uma linha sequer de diálogo: apoiados em técnicas de mímica, os atores contam apenas com duas pilhas de jornais. Com elas fazem uma farra, transformando papéis em objetos ao longo de cenas que encantam as crianças na plateia. Todo o crédito cabe à dupla. Rizzotti (Zigg) é também o autor e diretor da peça, enquanto Caldeira (Zogg) desenvolveu os figurinos e a trilha sonora. Saiba mais na coluna Crianças.
TEATRO
Soul Roberto. Construído nos moldes de Beatles num Céu de Diamantes e de Fascinante Gershwin ? Uma Revista Musical, o espetáculo sem texto reúne cerca de trinta canções de Roberto Carlos lançadas entre o fim dos anos 60 e o começo dos 70. Em cartaz no Teatro do Leblon, a produção concebida e dirigida por Cláudio Figueira e Renato Vieira lança mão da rica dramaturgia contida nas letras do rei para costurar a narrativa. Cenas de rebeldia, amor, humor e fim de caso ganham vida nos versos de, entre outras músicas, Negro Gato, Calhambeque e As Curvas da Estrada de Santos, esta em versão inesquecível. Cheios de suingue e donos de belas vozes, Thiago Thomé, Camila Braunna, Cosme Motta, Simone Centurione, Alan Camargo e Késia Estácio enfileiram sucessos em grupo, duetos e números-solo. No final, como nos shows do homenageado, dá vontade de pedir bis. Clique aqui para saber mais.