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A peça Vestido de Noiva, a mostra fotográfica Simplesmente Doisneau, a peça infantil Polenta com Radite e o show de Yamandu Costa são as atrações imperdíveis desta semana

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h36 - Publicado em 30 mar 2012, 18h51
Fa?bio Nagel / Divulgação
Fa?bio Nagel / Divulgação (Redação Veja rio/)
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TEATRO

Vestido de Noiva. Marco inaugural do moderno teatro brasileiro, o drama de Nelson Rodrigues (1912-1980) estreou em 28 de dezembro de 1943, no Municipal. Sua trama em três planos ? alucinação, memória e realidade ? encontrou a mais perfeita tradução na encenação de Ziembinski (1908-1978) e no cenário de três andares criado por Santa Rosa (1909-1956). Décadas depois daquele momento histórico, a peça ainda desperta grande interesse quando ganha uma montagem com a ousadia que o texto sugere, como o espetáculo dirigido por Caco Coelho em cartaz no CCBB. Em uma estrutura de aço, futurista, também com três pavimentos, a plateia se acomoda em esteiras e almofadas. Pouco confortáveis, é bom avisar. No enredo rodriguiano, Lúcia é apaixonada por Pedro, que acaba se casando com a irmã dela, Alaíde ? papéis bem defendidos por Sara Antunes, Felipe de Paula e Renata de Lélis. O trio apoia-se na experiência da atriz Vivianne Pasmanter, intérprete da cafetina Madame Clessi, figura fundamental na história. Clique aqui para saber mais.

EXPOSIÇÃO

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Robert Doisneau. Mais famoso trabalho do fotógrafo francês, O Beijo do Hotel de Ville, de 1950, está entre as 152 imagens reunidas na mostra Simplesmente Doisneau, em cartaz no Centro Cultural Justiça Federal. Nascido nos arredores de Paris, Robert Doisneau (1912-1994) acompanhou o crescimento da capital francesa e o impacto, na cidade, dos grandes acontecimentos do século XX. A exposição montada para celebrar seu centenário é um desfile de retratos de gente expressiva ? crianças, casais, famílias, mendigos, soldados, artistas, comerciantes ? que ajuda a contar essa história. Seções dividem o acervo por temas, como os subúrbios, a vida noturna e a guerra. Reserve tempo para assistir ao documentário Robert Doisneau: Tout Simplement (2000), de Patrick Jeudy. No filme, o mestre conta histórias divertidas e revela segredos sobre a produção de sua foto mais conhecida, a do casal apaixonado diante da prefeitura parisiense. Saiba mais na coluna Exposições.

CRIANÇAS

Renato Maia / Divulgação
Renato Maia / Divulgação ()
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Polenta com Radite. Sem falas, a história encenada no palco do Oi Futuro Flamengo é contada através de pantomimas e gags emprestadas do universo circense e do cinema mudo. O resultado é divertido e comovente. Irmãos, Marcelo e Lú Gatelli estrelam a montagem da Cia. Entreato, sob a direção de Fernando Lopes Lima. A peça se passa no Brasil da década de 40, embalada por trilha sonora de época, composta de músicas italianas selecionadas por Amora Pêra. Polenta, nascido na Itália, está a caminho do porto para voltar à sua terra. No caminho, esbarra com Radite (corruptela de radicchio, mais usada na Região Sul), jovem brasileira que sonha em ser artista. O encontro é a deixa para um desfile de números clássicos de palhaço ? como a dificuldade de enfiar o braço na manga do paletó ou o lenço que, emprestado para enxugar lágrimas, acaba servindo para assoar o nariz. Com timing perfeito, os Gatelli mostram que essa arte não envelhece. Saiba mais na coluna Crianças.

SHOW

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Yamandu Costa. Um dos nomes escolhidos pelo público para integrar a programação de quinze anos da série Música no Museu, dedicada ao repertório clássico, o instrumentista gaúcho foi revelado nas rodas de choro da Lapa. Não se trata, no entanto, de um estranho no ninho. Virtuose do violão de sete cordas, Yamandu já foi comparado pelo maestro alemão Kurt Masur ao diabólico violinista italiano Niccolò Paganini (1782-1840) e, no ano passado, compôs uma suíte para a OSB, em parceria com Hamilton de Holanda. À vontade, portanto, ele se apresenta na quarta (4), no Teatro Sesi. Boa parte do programa será tirada de Mafuá. Lançado em 2009 na Alemanha, o disco só chegou ao Brasil em junho do ano passado e traz temas próprios, como Bachbaridade, Choro Loco e Ressaca. Duas inéditas e uma peça conhecidíssima completam a lista ao vivo: Sambeco e Bem-vindo, ambas do violonista, e O Trenzinho do Caipira, de Villa-Lobos. Saiba mais na coluna Shows.

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