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No Urban20, prefeitos do mundo alinham-se para mitigar mudanças climáticas

Reunidos no Rio, eles firmaram documento que estima que cidades precisarão de US$ 800 bilhões por ano até 2030 para enfrentar desafios climáticos

Por Da Redação
Atualizado em 18 nov 2024, 12h44 - Publicado em 18 nov 2024, 12h43
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U20: presidente Lula recebe documento das mãos do prefeito do Rio, Eduardo Paes, junto às prefeitas de Freetown, Aki Sawyerr, e de Paris, Anne Hidalgo, e do presidente do Chile, Gabriel Boric (Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação)
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Após quatro dias de debates, o Urban 20 (U20) — fórum do G20 que reuniu gestores das principais cidades do planeta no Armazém da Utopia, na região portuária do Rio — terminou neste domingo (17), com a entrega ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva de um documento assinado por representantes das 26 cidades integrantes do fórum, mais sete observadoras e 25 convidadas. Ao todo, mais de 100 estiveram representadas nos debates, que resultaram em 36 itens listados no documento, abrangendo temas como inclusão social e luta contra a fome e a pobreza; além de reforma das instituições de governança global, desenvolvimento sustentável e transição energética.

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O enfrentamento de problemas relacionados às mudanças climáticas tem destaque no documento, entregue a Lula pelas mãos do prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao lado das prefeitas Yvonne Aki-Sawyer, de Freetown, capital de Serra Leoa, e Anne Hidalgo, de Paris, além do presidente Gabriel Boric, do Chile, que participou da cerimônia como convidado. Os representantes das cidades ressaltam que os governos locais precisarão de algo em torno de US$ 800 bilhões anuais, até 2030, para investimentos capazes de mitigar o impacto das mudanças climáticas nas cidades. A expectativa é que o resultado das discussões seja levado pelo Governo brasileiro para os debates na cúpula principal do G20, que acontecem nesta segunda (18) e terça (19) no Museu de Arte Moderna (MAM), com a presença dos chefes de Estado e de Governo das maiores economias do mundo.

Entre as recomendações para os líderes globais, o documento sugere que o Brasil lidere o enfrentamento à fome e à pobreza, e a mobilização global contra as mudanças climáticas. O texto defende ainda a implementação, em escala global, de medidas para taxação fiscal progressiva, isto é, em que os maiores percentuais incidam sobre a parcela mais rica da população.

“Nós, prefeitos, sabemos quão duro pode ser o nosso ofício. Pedimos que os governos se comprometam a oferecer 800 bilhões de dólares por ano para enfrentar as mudanças climáticas até 2030. A diferença e as desigualdades entre as cidades do Hemisfério Sul precisam ser enfrentadas”, disse Paes. Ao receber o documento, Lula afirmou que “as cidades não podem custear sozinhas (…) o financiamento da transição climática” e frisou que, além de investimento global, é necessária uma “governança multilateral adequada”.

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“De onde virão os recursos, essa é a pergunta de 1 milhão de dólares. Nós entregamos ao G20 um manifesto, porque eles que têm a resposta. A gente entende que eles (os países mais ricos) devem colaborar com recursos. As emissões colaboraram com o cenário atual em que sofremos com enchentes, deslizamentos, incêndios florestais e ondas de calor”, acrescentou Yonne Aki-Sawyerr.

Confira alguns pontos listados no documento do U20:

Apoio global, nacional e local para proteger trabalhadores durante o processo de transição da economia e da matriz energética e enfrentar conflitos e crises provocados por desastres climáticos;

Acesso igualitário à alimentação para todos como forma de combater a fome, especialmente com relação às crianças;

Reconhecimento e garantia aos portadores de deficiências, acesso igualitário à saúde, educação e empregos, assim como a serviços e infraestrutura digital de forma digna;

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Serviços públicos efetivos que garantam à população, água, saneamento, moradia e cuidados de saúde para se adequar às mudanças demográficas, inclusive de imigração;

Investimentos em empregos sustentáveis, que devem ser feitos dialogando com os mais vulneráveis, inclusive com os que correm risco de perder postos de trabalho por conta da transformação digital;

Compreensão da cultura como elemento de criatividade, diversidade e transmissão de conhecimentos na agenda global do desenvolvimento sustentável.

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