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Unidos da Tijuca vai mostrar a força do campo na Marquês de Sapucaí

Enredo <em>Semeando sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado</em> destaca a terra e o homem que tira dela o seu sustento

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h30 - Publicado em 5 fev 2016, 16h53
Unidos da Tijuca 2016
Unidos da Tijuca 2016 (Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil/)
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A Unidos da Tijuca, última escola a entrar na avenida no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio, vai levar o campo para a Marquês de Sapucaí. O carnavalesco Mauro Quintaes informou que o enredo Semeando sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado, que vai destacar a terra e o homem que tira dela o seu sustento, é bem brasileiro. E isto está caracterizado em uma parte do texto de apresentação do enredo: Na beira da estrada. /O sol a pique,/ Brota o suor,/Mãos calejadas/Ao manejo da enxada.

Na Tijuca, o trabalho de criação é feito por uma comissão composta pelos carnavalescos Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo. Desde o início, eles sentiram que precisavam desenvolver o projeto dentro do orçamento da escola para este ano.

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Eles contavam com o patrocínio de empresas de agronegócios e apoio da cidade de Sorriso,Unidos no Mato Grosso, que não se concretizou. Para Mauro Quintaes, esse é o momento em que a criatividade dos carnavalescos é posta em questão.

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“É aí que você prova sua capacidade. O carnavalesco tem de ser parceiro da direção da escola. Não adianta ficar dizendo eu quero, eu quero. Tem de ser parceiro. A situação é X e temos de trabalhar dentro desse limite. A gente faz essa parceira com o presidente Fernando Horta. Quando os projetos são apresentados ele diz: isso dá, isso não dá. Isso facilita nossa relação e os materiais chegam.”

Segundo Quintaes, dez dias antes do desfile faltavam apenas detalhes finais de pintura de arte nas alegorias e terminar o carrinho da comissão de frente, que sempre fica por último.

O presidente da escola, Fernando Horta, disse que, para não prejudicar a criação dos carnavalescos, a saída foi fazer cortes de despesas em outras áreas. “Tivemos de cortar uma série de gastos que não eram espetáculo, como outros eventos que a escola fazia para promover o carnaval. Infelizmente, este ano não pudemos fazer, mas a escola conseguiu fazer o carnaval que estava projetado pelos artistas.”

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O samba-enredo é considerado um dos pontos fortes da Tijuca em 2016. Mauro Quintaes lembrou que, nos últimos anos, embora a escola fizesse um bom desfile, não conseguia ter no samba um destaque, mas este ano a história deve ser diferente.

 “A escolha do samba foi maravilhosa. A disputa foi muito boa. Uma boa sinopse [texto preparado pelos carnavalescos para explicar o projeto do enredo que serve de base para fazerem a letra do samba] gera um bom samba. A Tijuca estava muito carente de um bom samba nos anos anteriores. Até veio bem, mas o samba nunca pontuou. Certamente, o samba deste ano é maravilhoso e inspirou todo mundo até a trabalhar melhor e cantar melhor. O diferencial da Tijuca este ano é o samba-enredo”, acrescentou o carnavalesco.

Conforme Quintaes, em outros quesitos a escola não deve ser surpreendida com notas menores, porque manteve o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, que costuma receber boas notas.

“A Tijuca incorporou a leitura de expressão corporal nos carros, que foi uma herança do Paulo Barros [carnavalesco que criou na escola um estilo de alegorias vivas]. Vamos no mesmo estilo, mostrando qualidade e com a diferença de que, com um samba bonito, vale muito mais a pena”, concluiu o carnavalesco.

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