Continua após publicidade

Tuca Moraes, do Armazém da Utopia: “A pandemia derrubou as fronteiras do teatro”

Atriz, diretora e produtora da Companhia Ensaio Aberto e do Armazém da Utopia fala sobre como as mudanças interferiram no trabalho

Por Bruna Motta
Atualizado em 10 nov 2020, 16h53 - Publicado em 10 nov 2020, 12h40
Armazém Utopia: Tuca Moraes é e diretora-executiva do espaço (Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

Tuca Moraes foi a convidada desta segunda (9) da live Cena Carioca, comandada pela jornalista e colunista Rita Fernandes. A atriz e diretora de produção da Companhia Ensaio Aberto e diretora-executiva do Armazém da Utopia conta do desafio de manter o trabalho cultural durante a pandemia.

+Grátis: CCBB promove festival de cinema on-line sobre autoconhecimento 

“Esse tempo acabou sendo muito rico para nós, aprendemos bastante”, diz ela que produziu oficinas on-line para pessoas todo o país. “Isso foi muito bacana, conseguimos sair do nosso limite territorial”, celebra.

+Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui  

Confira abaixo alguns trechos da conversa:

Armazém da Utopia

“O fato de ter um espaço físico muda tudo, porque dessa forma a gente detém os meios de produção. Ele é mantido por nós, não tem apoio do governo. A pandemia foi um momento de renovação. Nós já tínhamos projetos formalizados, nós nos reprogramamos e muito das nossas atividades se tornaram on-line. Outras deixamos para o ano que vem.

Há males que vem para o bem

“Durante o período de isolamento social, conseguimos aprofundar as nossas pesquisas. Nossa equipe, desde o financeiro aos artistas, está trabalhando remotamente. Estamos até contratando, temos 16 estagiários, dez deles são remunerados. Aumentamos a equipe em plena pandemia. Ainda não temos toda a reflexão sobre esse momento porque estamos imersos nele, mas com certeza vamos parar e refletir com distanciamento para perceber as estratégias de sobrevivência. A gente tem ajudado, auxiliado outros grupos pelo Brasil. Dá trabalho, mas é possível”.

+Tivoli Park suspende gratuidade e passa a cobrar R$ 99,99 por pessoa 

Teatro como transformação social

“Temos uma tradição de teatro político, que coloca a sociedade como centro da cena. O ator entra num processo de argumentação. O que interessa é o encontro e a função social do teatro, assim a experiência se torna transformadora”

+Zezé Motta reestreia show com músicas de Caetano Veloso após 30 anos 

Novo normal

“Tivemos que tocar nosso ofício com outras atividades. Nesse momento não cabe a discussão acerca do teatro on-line, se ele é ou não é teatro. Na verdade, ele precisa do público. O que estamos descobrindo é uma outra linguagem que não demos nome. A gente sabe que é muito difícil filmar teatro. Mas olha por outro lado, se a gente fosse dar as oficinas que a gente deu presencialmente, estaríamos restritos ao público carioca. Conhecemos gente agora do mundo inteiro”.

Continua após a publicidade
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.