Tubarões à vista: tecnologia começa a dar protagonismo a eles no Rio
União Internacional da conservação da Natureza declarou região costeira metropolitana do estado área relevante de interesse para conservação desses animais

Depois de baleias e golfinhos, são os tubarões que estão ganhando protagonismo na orla do Rio. Em dois dias, um martelo e um mako foram avistados — e devidamente registrados — em pontos diferentes da Praia da Barra. Mas não há motivo para desespero, tranquilizam os especialistas. Eles garantem que esses animais sempre estiveram entre nós e não representam risco.
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“As colônias de pescadores de Copacabana e do Recreio estão cheias deles, com seu nome comercial: cação”, conta Marcelo Vianna, professor titular do departamento de biologia marinha da UFRJ, especialista nesse tipo de peixe. O mais comercializado é o chamado cação-frango, que chega a medir 1,5 metro, mas tem até o tubarão-tigre.
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Segundo Vianna, as recentes aparições não significam que a população esteja aumentando por aqui. “Ao contrário, diminuíram. O que temos cada vez mais são celulares, drones e câmeras ligados”, explica ele, observando que até pouco tempo atrás flagrantes como esses ficavam restritos a grupos de surfistas e pescadores, sem imagens transmitidas em tempo real. A boa notícia é que as espécies presentes por aqui ainda são tantas que, neste mês, a União Internacional da conservação da Natureza (IUCN) declarou a região costeira metropolitana do Rio área relevante de interesse para conservação de tubarões e raias.