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Em três meses, Rio apreende mais fuzis que o registrado em SP em 2022

Polícias Militar e Civil recolheram 207 exemplares do armamento, 53% a mais que no mesmo período de 2022; em todo o ano passado, foram 110 em São Paulo

Por Da Redação
17 abr 2023, 12h44

Cada vez mais com comuns nas ruas do Rio, os fuzis vão tomando o lugar de revólveres e pistolas nas mãos de bandidos e fazendo vítimas como a menina Ester de Assis Oliveira, de 9 anos, morta no último dia 4, quando voltava da escola durante um confronto entre traficantes em Madureira. Na ocasião, o entregador João Vitor Brander, de 19 anos, também morreu por estar na linha de tiro. O que se vê nos registros policiais se reflete nas apreensões das forças de segurança. Segundo as polícias Militar e Civil do Rio, no primeiro trimestre deste ano foram apreendidos 207 fuzis — 53% a mais que os 135 de janeiro, fevereiro e março de 2022. Um número bem superior aos 110 exemplares deste tipo de arma de guerra em São Paulo ao longo de todo o ano de 2022. No Rio, foram 457 naquele ano.

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Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) também mostram que neste início de 2023, só a PM recolheu 170 fuzis das mãos de criminosos (107,3% a mais que os 82 dos três primeiros meses do ano passado). Um estudo da corporação obtido pelo jornal O Globo revela que por batalhão, o primeiro lugar no ranking é do 15º BPM (Duque de Caxias), com 17 fuzis. No entanto, se somadas as áreas conflagradas dos morros da Chacrinha, Bateau Mouche, além de comunidades da Freguesia e de Campinho, na Zona Oeste do Rio, no período do levantamento foram 42 armas deste tipo apreendidas por quatro quartéis: 9º BPM (Rocha Miranda), 18º BPM (Jacarepaguá), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE). Os dois últimos atuaram em apoio a Jacarepaguá.

O aumento nas apreensões fez com que o governador Cláudio Castro pedisse um encontro com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, marcado para o próximo dia 25, mas ainda sem local definido. Castro tem falado na última semana sobre a necessidade de as polícias Federal e Rodoviária Federal traçarem um plano efetivo para evitar a entrada de armas no Rio. “Fuzil é arma de guerra, com alto poder de destruição. Quando não mata, mutila. As polícias Militar e Civil estão fazendo um excelente trabalho, retirando os fuzis das mãos dos criminosos. Mas, para que esse armamento pare de entrar no nosso estado, precisamos que as forças federais de segurança trabalhem integradas com as forças estaduais nesse combate ao contrabando de armas nas fronteiras e divisas”, disse o governador, que, em 23 de março, criou uma gratificação, cujo valor ainda não foi determinado, aos policiais que apreenderem fuzis.

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No Rio, no primeiro trimestre, além dos 207 fuzis encontrados pela PM e pela Polícia Civil, os agentes da Polícia Federal apreenderam mais 74 na Operação Desarmada. Segundo a PF, a maioria das armas localizadas no Rio é comprada nos Estados Unidos. A Polícia Rodoviária (PRF) não informou sobre a apreensão de fuzis ou estratégia para o combate ao crime.

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