Com tarifas caras, transportes do Rio não recuperam índices pré-pandemia
Entre as explicações, estão problemas relacionados à má qualidade do serviço, à sensação de insegurança e ao crescimento de apps como Uber e 99

Em meio ao rolo da substituição do Riocard pelo cartão Jaé, controlado pela prefeitura, o órgão divulgou números que apontam que os transportes da cidade ainda não retomaram o volume de passageiros que era registrado antes da pandemia.
O Rio de Janeiro tem algumas das tarifas mais caras do país: o bilhete do metrô custa 7,50, valor que chega a ser reais mais caro que o de Belo Horizonte e Brasília e 2,30 reais a mais que em São Paulo. Já nos trens, a tarifa que passa a valer em fevereiro será de 7,60 reais.
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Em 2019, os ônibus faziam mais de um bilhão de viagens por ano e, em 2023, o número foi de 640 000, uma queda de 36%. No metrô, o número de viagens caiu 24% na comparação com o período pré-pandêmico.
Os trens, por sua vez, registraram a principal queda, de quase metade do fluxo (160 milhões de viagens em 2019 para 80 milhões em 2023). E, nas barcas, a redução registrada foi de 35%.
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A queda do número de passageiros, segundos especialistas ouvidos pela TV Globo, tem entre as explicações problemas relacionados à má qualidade do serviço, à sensação de insegurança, ao crescimento dos aplicativos de transportes – principalmente às categorias que oferecem viagens de moto – e ao aumento do número de pessoas que fazem home office na cidade.
A concessionária MetrôRio informou que a tarifa é a mais cara do Brasil por causa da falta de subsídio, que, segundo a empresa, existe em outras capitais do país. O metrô também informou que a tarifa é reajustada anualmente, conforme previsto em contrato.
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Já a Supervia afirma que o aumento estava previsto no contrato, que reajusta a passagem com base num dos índices da inflação nos últimos 12 meses.