Tem um tomógrafo no pátio da igreja
Instalação de equipamento na Universal da Rocinha, a pedido do prefeito e pastor licenciado, causou estranheza e revolta nos moradores da comunidade
Em 27 de abril, o prefeito Marcelo Crivella anunciou a instalação de um tomógrafo (fundamental para o diagnóstico da Covid-19) no pátio da Igreja Universal na Rocinha — a escolha do local causou estranheza. Três dias depois, os vereadores da oposição Tarcísio Motta e Paulo Pinheiro encaminharam uma representação ao Ministério Público do Estado. Logo em seguida, em 1º de maio, moradores lançaram um abaixo-assinado contra o uso da igreja, da qual Crivella é pastor licenciado, para acomodar o equipamento. O texto da campanha por assinaturas sugere espaços mais apropriados, como “a UPA e o Centro Municipal Albert Sabin”. A novela ainda enveredou por uma batalha
de liminares e capítulos insólitos — como a necessidade de remoção de um camelódromo local para viabilizar a montagem da estrutura de saúde no pátio da Universal.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Passado um mês, a máquina seguia na caixa, enquanto a Rocinha já somava mais de cinquenta mortes por Covid-19, ocupando a posição de líder desse triste ranking entre as favelas cariocas.
Motorista de ônibus: profissão de alto risco em tempos de pandemia
Fiscais da Covid-19 em ação: desrespeito a decretos estão em alta na cidade
‘Passando a boiada’: saiba mais sobre projetos que alteram padrões urbanísticos do Rio