Álbum de viagem: em 728 páginas, os registros que Thomas Ender fez do Rio
Livro reúne obras do artista realista, contemporâneo de Debret e Rugendas, que passou quase um ano por aqui e pintou mais de 1 000 desenhos e aquarelas
De longe, a pintura parece apenas um belo retrato da Enseada de Botafogo. O que os detalhes revelam é uma galeota (embarcação que já foi comum para o transporte na Baía de Guanabara) trazendo a bordo a princesa Carlota Joaquina.
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O registro de cerca de 1830 foi feito por Thomas Ender, artista viajante da época de Rugendas e Debret — mas que, ao contrário de seus contemporâneos, só teve sua obra reconhecida bem mais tarde, após sua morte. Egresso da primeira missão austríaca rumo ao Novo Mundo, o artista realista passou quase um ano pelas bandas de cá e o resultado foram mais de 1 000 desenhos e aquarelas.
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“Um precioso baú do passado se abre quando o Brasil descobre seu trabalho”, pontua o historiador Julio Bandeira, que lançou o livro Ender e o Brasil (Capivara Editora, R$ 195,00). O volume de 728 páginas ainda traz outros registros, comprados pela Biblioteca Nacional em 1937 e praticamente esquecidos. Passagem de primeira classe com destino ao Rio do século XIX.