Taxista atropelou motociclista em Vila Isabel de propósito, diz testemunha
Corpo de Alan Rodrigues Sales, de 22 anos, foi enterrado neste domingo (2); crime teria sido provocado por briga de trânsito
Uma briga de trânsito terminou na morte do motociclista Alan Rodrigues Sales, de 22 anos, em Vila Isabel, na Zona Norte. O acidente, na noite de sexta (31), foi registrado por câmeras de segurança na Rua Teodoro da Silva. O vídeo mostra Sales, que era motoboy, sendo atacado e lançado contra poste por um táxi. Segundo uma testemunha, o rapaz ainda estava vivo após a batida, mas morreu instantes depois. O taxista Eduardo Henry Nogueira Gripp fugiu sem prestar socorro. O corpo de Alan foi enterrado neste domingo (2).
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Segundo relatos, pouco antes do acidente, alguns quarteirões atrás, Alan e Eduardo se desentenderam, e o motociclista teria tentado quebrar o retrovisor do táxi. A briga continuou até que, na Teodoro da Silva, Eduardo intencionalmente jogou o veículo contra a moto. A testemunha, que preferiu não ser identificada, contou ao jornal O Dia o que viu: “O motorista e ele discutiram porque o cara do táxi o fechou, foi uma discussão normal de trânsito. Logo depois disso, o Alan pegou a moto e saiu para trabalhar porque ele estava fazendo entrega na hora. Nisso, o motorista o perseguiu e atropelou. Não foi acidente de trânsito, foi um homicídio. O motorista o atropelou ele de propósito, não parou para prestar socorro e foi embora”.
Ainda de acordo com a testemunha, o veículo foi encontrado com a ajuda de outros motociclistas. “Os motoboys fizeram um cerco, começaram a rodar tudo. Eles pararam num posto e os funcionários disseram que viram um táxi aparentemente batido entrando na oficina, deram as características que batiam com o veículo que o atropelou. Fomos até a loja, vimos que realmente tinha um táxi e chamamos a polícia”, disse.
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Equipes da Polícia Militar encontraram o táxi em uma loja de autopeças, onde o motorista trabalhava. Um inquérito foi aberto na 20ªDP (Vila Isabel) para investigar o caso por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Mas a expectativa da família do motociclista é de que a investigação seja encaminhada para a Delegacia de Homicídios. Segundo o Bom Dia Rio, da TV Globo, investigadores vão apurar se o motorista do táxi deve responder por homicídio com dolo eventual, já que ao atropelar a moto de Alan ele teria assumido o risco de matar o motoboy.