Empresa que organizou show de Taylor Swift é investigada pela polícia
Objetivo é apurar 'crime de perigo para a vida ou saúde'; na primeira apresentação da cantora, uma fã morreu e outras passaram mal em meio ao forte calor
A Polícia Civil do Rio abriu uma investigação para apurar a conduta da T4F, empresa que organizou os shows de Taylor Swift no Rio na semana passada. Na noite da primeira apresentação da cantora, dia 17, no Engenhão, uma fã morreu e outras outras passaram mal em meio ao forte calor. Os organizadores do evento serão chamados para prestar depoimento e outras diligências estão em andamento para apurar os fatos.
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Segundo a Polícia Civil, “após tomar conhecimento de relatos do público presente no evento, a Delegacia do Consumidor (Decon) instaurou inquérito para apurar o crime de perigo para a vida ou saúde”. Uma das maiores queixas dos fãs que foram ao primeiro show de Taylor foi quanto à proibição do acesso ao estádio com garrafas d’água. Em imagens publicadas em redes sociais, é possível ver a platéia gritando “water” (“água”). A própria cantora chegou a interromper a apresentação para pedir ajuda para fãs que passaram mal e chegou a dizer: “eles realmente precisam de água”. Vivendo uma onda de forte calor, o Rio teve temperatura máxima de 39,1°C na noite de sexta (17).
O Ministério da Justiça também já havia cobrado explicações da T4F por não permitir a entrada de garrafas d’água na apresentação. Nesta quinta (23), a empresa se manifestou pela primeira vez sobre o caso. Pelas redes sociais, o CEO Serafim Abreu reconheceu que os organizadores poderiam “ter tomado algumas ações alternativas adicionais a todas as outras que fizemos”, citando como exemplo a alteração do horário das apresentações. Ele diz que o que aconteceu fez a empresa incorporar novas práticas para eventos em dias de calor extremo. “De qualquer forma, quero pedir desculpas a todos que não tiveram a melhor experiência possível”, afirmou, desculpando-se também pela demora em realizar uma manifestação pública e expressando os sentimentos da empresa pelo falecimento da estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, do Mato Grosso do Sul, que morreu na noite do primeiro show da turnê.
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Em comentários nas postagens, uma fã reclama que a empresa não menciona os “graves ferimentos” sofridos por algumas das pessoas que estiveram na apresentação: “Eu estou com diversas queimaduras de 2° grau pelo corpo, esse acidente me impossibilitou de ir nos dias de show que iria, estou impossibilitada também de trabalhar pois preciso de cuidados diários. As fotos e relatos estão no meu instagram”. “À disposição da família da Ana, menos pra arcar com os custos de transporte do corpo dela né, deixaram os fãs fazerem isso”, escreveu outra internauta. Em menos de 12 horas, fãs da cantora norte-americana levantaram os 30 mil reais necessários para o translado do corpo.