O Rio de Janeiro pavimenta, desde 2021, o caminho para se tornar a capital da inovação na América Latina. Um dos passos mais óbvios para atingir esse objetivo foi conceder, através de políticas públicas, benefícios para startups testarem e reforçarem seus modelos de negócio.
Um exemplo é o projeto Sandbox.Rio, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da Prefeitura do Rio de Janeiro, no qual produtos, serviços ou processos que não se enquadram no cenário regulatório pré-existente podem ser testados em um ambiente controlado, através de autorização temporária concedida pelo município.
A partir dos testes realizados, são coletadas informações que auxiliam a prefeitura a compreender as inovações, garantindo um arcabouço regulatório receptivo e aderente às novas tecnologias. Uma marca que participou do Sandbox.Rio é a Whoosh, de patinetes elétricos, que começou a oferecer o serviço em junho.
Mas, afinal, o que é uma startup?
De acordo com a definição do Sebrae, startup é uma empresa que nasce em torno de uma ideia diferente, escalável e em condições de extrema incerteza. O significado literal, no entanto, seria “empresa emergente.”
Há quem defenda que uma startup é uma empresa inovadora com custos de manutenção muito baixos e, justamente por isso, consegue crescer e gerar lucros rapidamente.
Em conversas com professores, a exemplo de Roberto Kanter, da FGV, e especialistas na área, como Daniel Barros, CEO do Porto Maravalley, e Chicão Bulhões, secretário de Desenvolvimento Econômico, VEJA Rio perguntou quais são as startups mais promissoras em 2024.
Confira, abaixo, as mais citadas pelos entrevistados.
1) Gabriel
Nascida em 2020, a empresa de monitoramento de segurança criou a primeira e maior rede colaborativa de inteligência urbana do Brasil. Já no primeiro ano, captou 9 milhões de reais e, este ano, lançou a segunda geração do sistema de câmeras que também rastreia placa de veículos, ultrapassando a barreira do monitoramento passivo. Em 2024, 35 milhões de reais foram captados em rodada coliderada pelos fundos de investimentos Astella e Qualcomm Ventures, com participação da Globo Ventures.
2) re.green
Especializada em captura de carbono, a startup vai além de reflorestamento, atuando na restauração ecológica em escala. Assim, é possível devolver todos os subsistemas e biodiversidade às florestas. Ao ter o domínio da cadeia de restauração, desde a coleta de sementes até a comercialização do carbono, A re.green garante a integridade de seus projetos. A empresa nasceu em 2022 e, este ano, fechou contrato com a Microsoft para viabilizar a captura de 3 milhões de toneladas de carbono a partir da restauração da cobertura florestal de 16 000 hectares de terras degradadas na Mata Atlântica pelos próximos 15 anos.
3) Polen.
Fundada em 2017 pelo ecólogo Renato Paquet, membro do Conselho de Competitividade do Sistema Firjan, e por Lucas Sarmento, economista e especialista em tecnologia blockchain, a empresa trabalha toda a cadeia da economia circular por meio da reciclagem, essencial para a adequada gestão de resíduos no Brasil. A startup conta com uma grande equipe e rede de parceiros com atuação em âmbito nacional.
4) Tidewise.
Apoiada em Inteligência Artificial, a startup desenvolve, integra e opera sistemas robóticos para solucionar demandas da indústria naval, seja no contexto fluvial, portuário ou marítimo. Essa tecnologia permite uma coleta de dados eficiente, com dados acurados e alto grau de repetibilidade, além de diminuir os custos com a otimização de equipamentos e pessoal. Outro ponto positivo é que o uso de robôs suprime a necessidade de pessoas no mar, além de reduzir os riscos de erro humano. A TideWise está no mercado há 5 anos e cresceu 94% em três anos.
5) EZ Volt.
Startup com foco em recarga de veículos elétricos, a Easy Volt Brasil (EZVolt) nasceu com a proposta de conectar as pessoas aos seus destinos de maneira sustentável e sem a emissão de gases, fornecendo soluções inovadoras. A empresa possui rede própria de eletropolos e já está presente em 14 estados do país, eletrificando frotas corporativas e implantando eletropostos em condomínios e estabelecimentos comerciais.
6) Enermatch.
O objetivo dessa startup é promover um ‘match’ entre consumidores e os melhores gestores e soluções de energia, digitalizando, automatizando e centralizando todos os processos mais relevantes para os gestores de energia numa única plataforma SaaS (Software as a Service).
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7) Tabia.
Também escorada na Inteligência Artificial, a empresa coleta dados aplicados à saúde dos pacientes. De um jeito simples e efetivo, essa tecnologia permite que pacientes, familiares, gestores de cuidado e provedores da saúde colaborem para otimizar a gestão de doenças crônicas, digitalizando as linhas de cuidado e somando ao histórico do paciente, chega-se ao melhor desfecho clínico.
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