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Para Sergio Mallandro

O humorista diz que Caetano Veloso tem futuro, conta por que nunca conseguiu namorar a Xuxa, e aponta a Cidade da Música como a maior pegadinha do Rio

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 dez 2016, 16h08 - Publicado em 5 ago 2011, 16h25
Divulgação
Divulgação (Redação Veja rio/)
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Pela primeira vez na Zona Sul do Rio, Sergio Mallandro leva seus glu-glus e ié-iés ao Teatro das Artes, na Gávea. Ícone nos anos 90, o humorista que já foi jurado do programa Silvio Santos e encarou um príncipe encantado em filme da Xuxa, agora é um fenômeno nos palcos. Lá, ele relembra ?causos? da vida e, claro, da carreira. ?Tudo o que eu faço é contar as minhas histórias?, diz Mallandro, que assina roteiro e direção do stand-up em cartaz até 24 de setembro. O sucesso do show fez a temporada ser prorrogada por duas vezes na Barra, e ainda inflacionou o preço do ingresso, que passou de 60 reais para 70. Se vale a pena? Talvez a entrevista malandra a seguir responda.

1 – Você é apresentador de televisão, humorista, cantor, ator… Faltou mais alguma coisa?

Faltou go-go-boy, pô! Me visto até de Super-Homem…

2 – E qual foi a sua maior malandragem até hoje?

Ter nascido no dia 12 de outubro, Dia das Crianças. Nasci fazendo ?nhééé? e fui direto para o ?ié, ié?!

3 – Nossa, é realmente uma grande malandragem! E quem você mandaria para a Porta dos Desesperados (quadro que ficou famoso em um de seus programas)?

Depende do que vai sair de dentro, o macaco, o monstro ou o videogame. O videogame eu daria para o Lucio Mauro Filho, que eu convidei para fazer um longa-metragem comigo. Nós dois, uma dupla no cinema, já pensou? Dois Malandros em Las Vegas!

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4 – Seria sensacional! Quem é seu calouro favorito hoje?

Caetano Veloso. Acho que ele tem futuro! Aquele baianinho vai longe, você não acha?

5 – Você tem toda razão. As Aventuras de Sérgio Mallandro foi considerado um dos piores filmes do cinema nacional. Qual o pior filme brasileiro na sua opinião?

Só tenho visto bons filmes brasileiros, como Cilada.com e Se Eu Fosse Você 2. Gravei até um clipe, Britadeira, para o Assalto ao Banco Central, que é maneiríssimo. Mas outro dia vi um filme bem ruinzinho, não era nacional. Um tal de Paris não sei o quê… Acho até que ganhou o Oscar. Bicho, não entendi nada daquele filme!

6 – Seria Meia Noite em Paris, do Woody Allen?

Esse aí! Uma hora o cara estava dentro de um carro, aí começou a aparecer Picasso e não sei mais o que. É muito cultural pra mim, não entendi nada!

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7 – A maior pegadinha do Rio?

Esse bagulho de Cidade da Música. Isso sim é brincadeira, né?

8 – Um político que é uma piada?

Teve um que falou que ganhou 33 vezes na loteria esportiva. Essa sim é uma boa piada!

9 – E você já namorou a Xuxa ou não?

Não, ela foi só minha amiga mesmo. Conheci a loira muito antes de a gente virar artista. Era uma menina muito humilde, morava em Marechal Hermes. Eu levei muito a Xuxa até em casa, minha moto chegava até soltando fumaça. Aí eu tinha que dormir na casa dela, no quarto dos irmãos.

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10 – E nunca deu uma escapadinha na calada da noite?

Eu tentava, né? Mas quando eu colocava meu pezinho para fora do quarto aparecia o Sr. Meneghel mandando voltar para onde eu estava.

Sergio Mallandro Sem Censura. Direção de Mary Leão (60min). 14 anos. Estreou em 8/1/2010. Teatro das Artes (457 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso (Shopping da Gávea), Gávea, ☎ 2540-6004. Sexta e sábado, 23h. R$ 70,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. e sáb.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 6,00 por cinco horas). Até 24 de setembro.

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