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Semana de Eike em Bangu 9 foi solitária e humilde

O empresário não recebeu nenhuma visita, apesar de familiares poderem requisitar o direito

Por Agência Estado
Atualizado em 6 fev 2017, 13h45 - Publicado em 6 fev 2017, 13h38
Eike: em 2017 o empresário passou três meses na prisão
Eike: em 2017 o empresário passou três meses na prisão (Reprodução Globo News/Veja Rio)
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A primeira semana de Eike Batista na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, transcorreu “na humildade”. E também na solidão. O empresário não recebeu nenhuma visita, apesar de familiares poderem requisitar o direito. “Ele não quer destoar. Está humildezinho, frequenta o banho de sol, come a comida dos demais presos”, disse um agente ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

Eike se alimentou com as quentinhas servidas pela Secretaria de Administração Penitenciária. O cardápio anda minguado. Com a crise do Estado, que deve R$ 200 milhões aos fornecedores de refeições dos presídios, carne e frango são raros. Durante a semana, presos receberam salsicha, almôndega e moela com arroz, feijão e farofa, ou macarrão com feijão. Eike contou ainda com a solidariedade dos colegas de cela, com quem dividiu alimentos levados por suas famílias.

Ele está preso na cela 12, com outros dois investigados na Lava Jato. Wagner Jordão Garcia, preso na Operação Calicute, é ex-assessor do governador Sérgio Cabral. O outro é o doleiro Álvaro Novis, sócio na Corretora Goya.

Na cela de 15 metros quadrados, com dois beliches, o empresário ocupa uma das camas superiores. Suas roupas estão numa sacola de plástico. O travesseiro que trouxe dos Estados Unidos fica sobre sua cama.

O Ministério Público Estadual (MPE) intensificou as visitas às penitenciárias, por causa de rumores de que presos da Lava Jato teriam recebido favorecimentos, o que não foi comprovado, segundo a coordenadora do Centro de Apoio de Operação da Vara de Execuções Penais, Andrezza Cançado.
Em Bangu 9 estão milicianos, ex-PMs e ex-policiais civis. De acordo com um agente, há um clima de tensão entre milicianos e os presos da Lava Jato. “Eles não gostam da ‘turma do Cabral’. Ninguém se mistura”, afirmou à publicação.

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