Maior vencedora da era Sambódromo e atual campeã da festa, a Beija-Flor levará à passarela um tributo à história e à cultura de São Luís do Maranhão. Abalada pela morte recente de um de seus homenageados, o carnavalesco Joãosinho Trinta (que era maranhense), e baqueada também pela prisão, no mês passado, do patrono Anísio Abraão David, a escola chega à Sapucaí com um samba de treze autores – houve junção de dois concorrentes – e a força de alguns de seus “clássicos”, como Neguinho e Selmynha Sorriso.
A escola
Nome completo Beija-Flor de Nilópolis
Ano de fundação 1948
Símbolo Um beija-flor
Bases Nilópolis, Nova Iguaçu, Baixada Fluminense
Cores Azul e branco
Algumas figuras ilustres Linda Conde, Pinah, Sônia Capeta
Versos que marcaram “Sonhar com filharada é o coelhinho / com gente teimosa na cabeça dá burrinho”
Títulos no grupo principal 12
Último título 2011 (A Simplicidade de um Rei)
Ano passado Campeã
Atual presidente Nelson David
O desfile
Enredo São Luís, o Poema Encantado do Maranhão
Carnavalescos André Cezari, Fran-Sérgio, Laíla, Ubiratan Silva e Victor Santos
Mestres de bateria Plínio e Rodney
Rainha da bateria Raissa Oliveira
Autores do samba Adílson China, Carlinhos do Detran, Gilberto Oliveira, Hugo Leal, Jota Veloso, Júnior Beija-Flor, Ricardo Lucena, Rômulo Presidente, Samir, Serginho Aguiar, Sílvio, Romai e Thiago Alves
Intérprete Neguinho da Beija-Flor
Coreógrafo da comissão Fábio de Mello
Mestre-sala Claudinho
Porta-bandeira Selmynha Sorriso
Uma ala bacana A que mostrará, em movimentos bem reais, a tortura de escravos
Uma alegoria legal O navio negreiro teatralizado
Famosos convidados Alcione, Ferreira Gullar, Rita Ribeiro, Nicole Bahls
Concentração Nos Correios
Entrada na avenida Domingo, entre 2h25 e 3h50
O samba
Tem magia em cada palmeira que brota em seu chão
O homem nativo da terra
Resiste em bravura a dor da invasão
Do mar vem três coroas
Irmão seu olhar mareja
No balanço da maré
A maldade não tem fé sangrando os mares
Mensageiro da dor
Liberdade roubou dos meus lugares
Rompendo grilhões, em busca da paz
A força dos meus ancestrais
Na casa nagô a luz de Xangô, axé
Mina Jêje um ritual de fé
Chegou de Daomé, chegou de Abeokutá
Toda magia do vodun e do orixá
Ê rainha o bumbá meu boi vem de lá
Eu quero ver o cazumbá
Sem a serpente acordar
Hoje a minha lágrima transborda todo mar
Fonte que a saudade não secou
Ó Ana assombração na carruagem
Os casarões são a imagem
Da história que o tempo guardou
No rádio o reggae do bom
Marron é o tom da canção
Na Terra da Encantaria a arte do gênio João
Meu São Luís do Maranhão
Poema encantado de amor
Onde canta o sabiá
Hoje canta a Beija-Flor!