Cabeças vão bater, sons guturais sairão da boca de vocalistas aparentemente ensandecidos, guitarras estarão no último volume. E, para refrescar, uma balada ou outra, que ninguém é de ferro. Esta é a noite de mais peso do Rock in Rio, encerrada por uma banda que faz jus ao nome: Metallica. Dinossauro do heavy metal, o grupo americano do vocalista James Hetfield e do baterista Lars Ulrich é cria dos anos 80 e tem no repertório sucessos como Nothing Else Matters e Master of Puppets. Será a atração principal de um dia que trará ainda o inglês Motörhead (de Aces of Spades), com enorme velocidade na pancadaria.
Por sua vez, os americanos do Slipknot, geralmente caóticos (e mascarados) em apresentações ao vivo, respondem pelo que vem sendo chamado de new metal. E a menos conhecida Coheed and Cambria faz um som entre o rock progressivo e o emo, já tendo lá seus hits, como A Favor House Atlantic e Three Evils. No mesmo palco Mundo, representando o metal by Brasil, estará o Glória, grupo de hardcore com pitadas melódicas, liderado pelo vocalista Mi. No Sunset, a batida não será menos intensa. O grupo mineiro-mundial Sepultura vai se misturar aos franceses do Tambours du Bronx, percussionistas especializados em hardcore de latão. Ali haverá outros encontros pesados, como a dobradinha Matanza (banda punk, do hit Remédios Demais) e B Negão (ex-integrante do Planet Hemp), e o mix entre o paulistano Angra e a cantora Tarja Turunen, finlandesa de formação lírica, que foi vocalista da banda de metal sinfônico Nightwish.
Mas, se você quiser dar, digamos assim, um descanso aos ouvidos, passe na Rock Street e desfrute os solos de bossa nova e samba do argentino mais brasileiro da música instrumental: Victor Biglione. Ou então, ainda ali, curta tubas e sopros da Orleans Street Jazz Band. Para dançar no fim da maratona, duas dicas: Steve Aoki, estiloso DJ americano, dono de gravadora e de grife, e o alemão Alexander Rhida, do projeto de hip-hop Boys Noize.
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