Rock in Rio 2017: Vigilância Sanitária faz blitz no palco Mundo
A vistoria realizada por 5 agentes durou mais de 1h e foi acompanhada por VEJA Rio.
A Vigilância Sanitária realizou na noite deste sábado (23) uma inspeção na cozinha do palco Mundo, o principal do Rock in Rio 2017. A vistoria realizada por 5 agentes durou mais de 1h e foi acompanhada por VEJA Rio. Desde o começo do festival, o órgão municipal já desenvolveu mais de 500 ações do tipo, tendo aplicado 50 autos de infração a irregularidades e recolhido 49 produtos para análise na Cidade do Rock.
A vistoria começou pelo estoque seco, que armazena os ingredientes que ainda estão em suas embalagens. Nesse espaço, a Vigilância faz a conferência da procedência e validade dos insumos por meio de etiquetas, que devem estar colados em cada um deles e conter essas informações. Além disso, o estado dos recipientes que armazenam os alimentos é observado, assim como a organização da circulação, temperatura e limpeza na espécie de dispensa. “Nada pode estar apoiado diretamente no chão, por exemplo”, explica a subsecretária de Vigilância Sanitária Márcia Rolim.
O segundo local inspecionado foi a câmara fria. Composta de contêineres, a geladeira gigante deve armazenar alimentos resfriados em temperaturas inferiores a 5 graus. Já os alimentos congelados devem ser conservados entre menos 12 e menos 18 graus. Termômetros são usados para checagem desses indicadores e, mais uma vez, toda a questão de origem e validade dos ingredientes é conferida. Aqui também eles ficam apoiados sobre estrados para não terem contato direto com o piso. Terceiro ponto vistoriado, a sala de limpeza deve contar com torneira para lavagem de mãos e diferentes plataformas de aço inox para o preparo de carne bovina, frango e peixe.
O espaço onde ficam os fogões é conhecido como cozinha quente. Ali, a Vigilância Sanitária exige que exista coifas e exaustores para expulsar o calor e a gordura do local. “O ambiente deve ser fresco, sem trabalhador suando”, explica Glauco Teixeira, representante da área de engenharia sanitária. Além disso, o órgão determina que haja uma torneira com água quente para lavagem de utensílios engordurados e que os equipamentos que não estiverem sendo usados fiquem sempre cobertos. A área para lavagem, secagem e armazenamento de louças fica à parte e conta até com uma entrada especial, separada do resto da cozinha.
A cozinha do palco Mundo tem um pequeno refeitório, onde os artistas fazem suas refeições antes do shows. O local também é alvo da inspeção da Vigilância Sanitária, que observa se os pratos quentes são mantidos a 60 graus e os frios, abaixo de 5. “A temperatura inadequada combinada com a longa exposição pode favorecer a multiplicação de microrganismos”, afirma Aline Borges, coordenadora de alimentos do órgão. Em caso de qualquer irregularidade, a comida é descartada na hora, para evitar intoxicação alimentar.
“Hoje, vejo a vigilância como uma aliada do nosso trabalho”, afirma Monique Benoliel, responsável pela cozinha do palco Mundo e aprovada no teste. “O trabalho que os estabelecimentos vêm desenvolvendo no Rock in Rio está dentro das nossas expectativas”, comenta Márcia, que desde março coordenou o treinamento dos 2 mil trabalhadores envolvidos na venda de alimentos no festival. Ela afirma que, até amanhã, novas inspeções devem ser realizadas pela equipe da Vigilância Sanitária.