Inspirado pelo Web Summit, Rio terá fundo para empresas de tecnologia
Prefeitura vai alocar recursos para atrai-las; detalhes do investimento serão divulgados na próxima semana
A Web Summit no Rio deve movimentar na cidade 1,2 bilhão de reais até 2008, pelas contas da prefeitura do Rio. A primeira edição na cidade do maior evento de tecnologia do mundo, que ainda terá outras cinco, faz parte de um conjunto de oportunidades proporcionadas pela prefeitura para atrair ainda mais a iniciativa privada para investir em novas tecnologias por aqui. O prefeito Eduardo Paes afirmou nesta quinta (4), dia de encerramento do evento, que o Rio terá um fundo público para fomentar a criação de empresas de tecnologia e inovação. Os detalhes do investimento serão divulgados na próxima semana.
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“A prefeitura pretende criar um fundo, aportar recursos nas empresas que tomarem a decisão de aqui estar, aqui se instalar”, anunciou ele, após adiantar que vai aumentar os instrumentos para atrair o setor de inovação para a cidade: “Primeiro, temos o Porto Maravalley, que vai receber um hub de startups e a primeira faculdade de graduação do Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), o ImpaTech, que vai olhar mais para a matemática aplicada e a ciência da computação”, disse.
Durante quatro dias, o encontro reuniu mais de 20 mil pessoas de 91 países diferentes por dia, sendo 40% mulheres. Foram 400 palestrantes, 974 startups e 506 investidores no Riocentro. Com ingressos esgotados, a primeira edição do evento fora da Europa foi palco de debates sobre ciências de dados, educação, comércio eletrônico, futuro do trabalho, alterações climáticas, meios de comunicação, entre outros tópicos.
Um estudo divulgado durante o evento mostrou que as startups do Rio atraíram 1,3bilhão de dólares (6,5 bilhões de reais) em investimentos desde 2011. O estado foi o terceiro entre os que mais receberam aportes no período, atrás apenas de São Paulo e Paraná, mas vem enfrentando desaceleração no ritmo de criação de novas empresas inovadoras. Segundo prefeito, o evento propicia estimular uma atividade econômica que gera muitos empregos de mão de obra qualificada. Paes comparou que o impacto econômico dos negócios de tecnologia podem ser superiores, por exemplo, que a área de óleo e gás.
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“O Web Summit não termina hoje. Não apenas pelas outras cinco edições, mas porque ele cria o ambiente propício para o mais importante: o dia seguinte. Estamos criando condições para o exercício que entendemos como natural no Rio”, afirmou Paes, para quem as cidades funcionam como imãs, atraem pessoas, funções, organizações, e hoje, as relações se dão muito mais através das cidades globais. E o Rio é uma dessas cidades globais. E um dos papéis que elas têm que cumprir é estar na dianteira dessa rede de inovação e informação de tecnologia.