Rio mais verde: Mata Maravilha une hotel, residenciais e floresta urbana
Novo projeto para o Moinho Fluminense prevê a construção de dois prédios de 70 andares cobertos com vegetação da Mata Atlântica

O prefeito Eduardo Paes anunciou a aprovação do projeto Mata Maravilha, que prevê a construção de dois edifícios residenciais de 70 andares (com cerca de 200 metros de altura) cobertos por vegetação nativa da Mata Atlântica, na Zona Portuária do Rio. O empreendimento foi concebido pela Autonomy Investimentos, que comprou o Moinho Fluminense em 2019, mas não entregou um plano de revitalização para a área conforme o prometido. Como a proposta não saiu do papel, Paes comunicou a desapropriação do terreno no ano passado. Porém, acabou dando uma segunda chance à incorporadora que apresentou o Mata Maravilha.
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O projeto contempla intervenções que extrapolam as instalações do Moinho Fluminense e visa chegar até às margens da Baía de Guanabara, percorrendo trechos que são de propriedade da União. O Mata Maravilha tem como objetivo transformar a Zona Portuária numa região propícia ao desenvolvimento de um campus com escritórios, coworkings, incubadoras e centros de convenções com a adesão de tecnologia verde. Conforme o planejamento, os espaços seriam conectados por 7 quilômetros permeados de areia, dentro de uma floresta com 10 hectares e 40 mil árvores e arbustos. Segundo a AI Moinho Empreendimentos Imobiliários, a ideia é que o Rio de Janeiro seja a primeira cidade “Nature Positive” do mundo.
Para a implementação do Mata Maravilha, a Autonomy Investimentos terá como aliado o francês Alexandre Allard, responsável pela execução do hotel Rosewood e da SoHo House na Avenida Paulista, em São Paulo – empreendimento de ultraluxo combinado a centro artístico na Cidade Matarazzo. A expectativa é de que o projeto será coordenado ainda pelo escritório Safdie Arquitetos, à frente de obras como o aeroporto de Singapura Jewel Changi e a sede do grupo que tem a concessão do Aeroporto Internacional do Rio, Galeão.
Para a prefeitura, o empreendimento tem um compromisso com o Patrimônio Histórico da cidade. Entre as promessas firmadas para a execução do projeto, está a inclusão das comunidades locais, que será feita a partir da criação de comitês de apoio para debater os aspectos históricos, sociais, culturais e econômicos da região.