Como vai funcionar o comitê carioca de estudos sobre elevação do mar
Criado após alerta da ONU de que cidade pode ser afetada pelo fenômeno, grupo reúne órgãos municipais, como IPP e Fundação Rio-Águas
O alerta da Organização das Nações Unidas (ONU) de que a rápida elevação dos mares coloca cidades como o Rio de Janeiro entre as mais vulneráveis ao fenômeno soou na terça (27) e já repercutiu por aqui: na quarta (28), a prefeitura criou o Comitê de Estudos Científicos Sobre a Elevação dos Mares, para monitorar, fazer estudos e buscar soluções para os impactos das mudanças climáticas, especialmente nas áreas costeiras e em suas interligações com rios e lagoas.
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Também será atribuição do comitê manter colaboração com institutos de pesquisa nacionais e internacionais, através de audiências públicas e consultas com cientistas, a fim de criar políticas públicas que possam proteger a cidade e população. O comitê será coordenado pela Secretaria de Coordenação Governamental e terá a participação de várias secretarias e outros órgãos municipais, como o Instituto Pereira Passos (IPP) e a Fundação Rio-Águas. A criação do comitê está no Diário Oficial do município desta quarta (28).
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De acordo com pesquisas, o aumento do nível do mar é consequência do aumento das temperaturas, que causa o derretimento das calotas polares. À medida que o aquecimento aumenta e o gelo derrete, o mar sobe de nível. O alerta da ONU, baseado numa estimativa da Nasa, aponta que a capital fluminense pode enfrentar uma elevação do nível do mar de até 21 centímetros até 2050, sendo 16 centímetros em média numa projeção sob um cenário de aquecimento global de 3º C até o fim do século. O relatório, divulgado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, revela que, em algumas localidades do Pacífico, o nível do mar subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos.