Um ano após restauro, portão do Parque Guinle, em Laranjeiras, é vandalizado
Manto de bronze de um dos anjos que ornam o monumento foi roubado; Secretaria de Conservação promete colocar câmeras para reforçar segurança
Restaurado em fevereiro do ano passado, o portão do Parque Guinle, em Laranjeiras, foi vandalizado: o manto de bronze de um dos anjos que ornam o monumento foi roubado na madrugada do último dia 10. Tombado nos âmbitos federal, estadual e municipal, o portão foi encomendado por Eduardo Guinle – então proprietário do palacete da década de 1920 que dá nome ao parque, o antigo jardim da residência, que hoje é o Palácio Laranjeiras, casa oficial do governador do estado – para a fundição francesa Schwartz & Meurer, em Paris. Feito de ferro fundido e ornamentos de bronze, ele foi instalado em 1911 na entrada da propriedade da família e hoje é um símbolo do parque.
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Moradores da região denunciaram o caso nas redes sociais. Em entrevista ao Globo, a moradora Cláudia Lustosa, adotante oficial do local, contou que, enquanto passeava com seu cão, um vizinho do parque notou a atitude suspeita de um morador de rua. “Ele se aproximou para verificar, deu falta da peça e questionou o rapaz, que estava batendo com pedras no mármore. A pessoa saiu correndo”. Uma equipe do Laranjeiras Presente foi acionada e encontrou o rapaz, que teria dez passagens pela polícia. Mas ele foi solto logo após o boletim de ocorrência ser redigido.
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Fruto de uma parceria público-privada, o portão foi reformado após cinco anos de abandono. O trabalho começou em agosto de 2020 e foi executado pela empresa Concrejato, seguindo as orientações do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). Algumas estátuas, luminárias e ornamentos também foram reestruturados ou substituídos.
Em nota, a Secretaria municipal de Conservação informa que está ciente do furto da peça e que fará o levantamento do custo para a reposição. A gerente de Monumentos e Chafarizes registrou a ocorrência junto às autoridades policiais, a fim de que o caso seja investigado.
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“Vamos instalar câmeras no local para reforçar a segurança – já fizemos isso em outros monumentos, como Noel Rosa, em Vila Isabel, e Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana. O autor do furto mais recente dos óculos de Drummond foi identificado e preso graças às imagens captadas e entregues para a polícia. Zelamos pelos monumentos do Rio, mas a população precisa nos ajudar a preservar essas peças, que, além de embelezarem a cidade, fazem parte da história carioca“, disse a secretária de Conservação, Anna Laura Secco, na nota.