Caso Regina: socialite do Chopin tem dívidas e conta bancária zerada

Herdeira de fortuna orçada em 500 milhões de dólares, ela teria sofrido golpe de ex-motorista, que a manteve em cárcere privado por 10 anos e está foragido

Por Da Redação
27 nov 2024, 13h53
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Regina Gonçalves: documento de união estável firmado em 2021 informa que ela e suposto ex-motorista se relacionavam desde 2010. (Internet/Reprodução)
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Herdeira de uma fortuna orçada em 500 milhões de dólares, além de joias, relógios, propriedades e obras de arte, ao ficar viúva de Nestor Gonçalves, empresário e fazendeiro morto em 1994, a socialite Regina Gonçalves, de 88 anos sem dinheiro e acumula dívidas. Por dez anos, ela foi mantida em cárcere privado em seu apartamento, no icônico Edifício Chopin, em Copacabana, por seu ex-motorista, José Marcos Chaves Ribeiro, com quem tem um contrato de união estável assinado em 2021. Agora, segundo a polícia, além de não ter dinheiro em espécie, Regina também deve IPTU e taxas condominiais de diversas propriedades.

+ Caso Regina: Polícia Civil e MP tentam prender ex-motorista de socialite

“Tivemos acesso a alguns extratos bancários da própria vítima e realmente ela está em uma situação sem nenhum tipo de dinheiro em espécie, as contas estão todas zeradas e tem dívidas de IPTU e condomínio dos imóveis. Além disso, muitas joias desapareceram e o José Marcos já foi denunciado por isso. Ainda não sabemos pontuar o valor total do prejuízo, as investigações ainda estão avançando”, disse ao jornal O Globo o delegado-titular da 12ª DP (Copacabana), Ângelo Lages.

Na manhã desta terça (26), equipes da 12ª DP realizaram uma operação para prender José Marcos, que é acusado de tentativa de feminicídio, cárcere privado, violência psicológica e furto contra a idosa. Ele não foi encontrado e é considerado foragido. Contra ele foi oferecida uma denúncia do Ministério Público.

Só uma mansão na Rua Capuri, em São Conrado, a dívida em impostos já está em mais de R$ 1 milhão. O advogado Marcelo Coelho Pereira, que representa a idosa, contou ao jornal que, atualmente, ela tem apenas bens imóveis, como casas e apartamentos. No Chopin, onde Regina tem dois apartamentos, o atraso no pagamento das contas passa de 25 meses. Para evitar que os imóveis venham a ser leiloados, a família de Regina estava negociando a dívida.

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“A investigação já deixou claro que houve uma dilapidação do patrimônio da vítima, da senhora Regina. Inclusive no imóvel hoje não havia mais quase nada de valor. Então a gente já até fez um desmembramento da investigação. Há um novo inquérito instaurado e a gente vai apurar toda essa questão dessa fraude patrimonial cometida contra a vítima”, acrescentou o delegado.

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