Reforma de Centro Acadêmico e bandejão: novo Canecão levará mudanças à UFRJ

Concessão do terreno, que pertence à universidade, prevê contrapartidas como a construção de um novo Centro Acadêmico e um refeitório

Por Redação VEJA RIO SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 31 Maio 2024, 15h33 - Publicado em 31 Maio 2024, 15h32

A concessão do Canecão, lendário palco carioca que voltará à ativa complemente remodelado, após anos fechado, também trará diversas melhorias para o campus Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), proprietária do terreno e vizinha à casa de shows.

O Consórcio Bonus Klefer, composto pelas empresas Bonus Track Entretenimento e Klefer, que venceu em 2023 o processo de licitação para assumir a concessão da antiga casa de shows por trinta anos, irá realizar uma série de contrapartidas para a instituição.

+ Botão de alerta e câmeras: como serão os pontos de ônibus do futuro

Uma delas é a construção de um Centro Acadêmico com oitenta salas de aula (com capacidade para 4 170 estudantes), além de um refeitório com capacidade para até 2 500 refeições ao dia. A UFRJ também terá direito ao uso dos espaços do Complexo Cultural Canecão (entre eles, o Espaço Cultural, a Grande Sala e o Espaço de Exposições) em algumas datas. Também haverá benefícios acadêmicos para os alunos.

A área construída será de 10 000 metros quadrados, somando as duas novas edificações da universidade. O investimento paro os prédios será de aproximadamente R$ 45 milhões, com projeto assinado pela arquiteta Danielle Riley.

O corsórcio venceu o leilão que ocorreu em fevereiro de 2023, oferecendo R$ 4,35 milhões. Pelo acordo, terão quie ser feitas intervenções que chegam a R$ 137,7 milhões em todo o projeto, sendo R$ 53,7 milhões nas instalações acadêmicas e R$ 84 milhões na parte cultural. O valor o total do investimento é calculado em R$ 170 milhões.

Fechada desde 2010, a casa tem previsão de reabertura para o primeiro trimestre 2026. O arquiteto João Niemeyer assina o projeto do novo Canecão. Será construído um complexo multicultural, com 15 000 metros quadrados de terreno em concessão e um total de 18 000 metros quadrados de área construída, dividida em cinco pavimentos (subsolo, térreo e três andares).

+ Suspeita de envenenar namorado com brigadeirão tem dívida de R$ 600 mil

O complexo será dividido em sete diferentes unidades, entre elas a Grande Sala (onde serão realizados os shows, concertos, peças e apresentações gerais), que terá 3 300 metros quadrados (divididos em três pavimentos) e capacidade total para até 6 000 pessoas, e será construída em uma área no terreno diferente da do Canecão original.

No antigo prédio, haverá uma área dedicada ao ilustrador e escritor Ziraldo, onde seu famoso painel será totalmente reformado e preservado. O espaço multiuso, com 600 metros quadrados, será voltado para a realização de pocket-shows, e eventos sociais e corporativos.

Continua após a publicidade

+ Pega o cachecol! Rio registra a madrugada mais fria do ano: 14,8 graus

Também está previsto um espaço de exposições, em uma área de 500 metros quadrados, além do ambiente voltado para experiências gastronômicas, que irá ocupar 1 000 metros quadrados. O complexo terá, ainda, um estúdio criativo e um centro de memórias, dedicado à história da casa, ocupando um espaço de 1.000 metros quadrados.

Inaugurado em 1967, o Canecão se tornou uma das maiores referências nacionais para espetáculos. Por lá, passaram grandes nomes da música brasileira, entre eles Chico Buarque, Tom Jobim, Elza Soares, Roberto Carlos e Wilson Simonal, passando por e internacional, como Miles Davis, James Taylor, Mercedes Sosa, Paco de Lucia, Ray Coniff, Bily Paul e Astor Piazzola.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui